“Os professores podem lhe abrir portas, porém passar por elas cabe unicamente a você.”
Provérbio chinês
Chegamos ao terceiro artigo de nossa série. Aqui estamos procurando apresentar os principais entraves que um estudante recém chegado à Faculdade ou Universidade encontra ao iniciar seu curso. Acreditamos que com esta exposição cada estudante seja capaz de refletir a respeito e entender as mudanças que lhe são impostas, procurando assim melhor conviver com esta nova realidade e dela extrair o melhor possível para si.
Vamos assim prosseguir com nossas considerações, procurando mostrar as principais diferenças com as quais os estudantes que acabam de ingressar em uma Instituição de Ensino Superior – Faculdade ou Universidade, se depara. Conforme já comentamos, são muitas as mudanças comportamentais, seja por parte dos alunos, professores e mesmo do ambiente em si.
Já tratamos de algumas delas em artigos anteriores. Vamos prosseguir, agora, destacando a forma com que os professores lecionam, comparando o que acontecia anteriormente, na época do Ensino Médio com o que os estudantes calouros encontram logo nas primeiras semanas de aulas.
Uma das principais causas de “choque” por parte dos alunos está relacionada às atividades que são normalmente levadas para casa. Até então, no Ensino Médio, era usual que as listas de exercícios, trabalhos e outras atividades, sejam elas executadas em grupo ou não, recebessem comentários, correções e notas por partes de professores. Os estudantes recém chegados ao Ensino Superior se chocam ao perceber que os trabalhos continuam a ser propostos, porém não necessariamente devem ser entregues aos seus professores ou, quando isto ocorre, não obrigatoriamente os docentes os revisarão, corrigirão ou comentarão. A proposta, neste caso, é outra: assumem que os alunos serão capazes de assimilar o conteúdo destas atividades, buscando por si só verificar se estão corretas ou não, refazê-las se for o caso e estarem aptos com isto a retomar estes exercícios (não os mesmos, mas destes derivados) ou tarefas semelhantes quando forem submetidos a um exame de final de curso.
Os professores no Ensino Superior não se obrigam a lembrar os alunos de suas tarefas para casa, nem chamar a atenção dos discentes para trabalhos faltantes ou incompletos. A responsabilidade recai inteiramente nos estudantes.
E se um aluno ou aluna sente dificuldades em seus exercícios e atividades propostas? No Ensino Médio, nada mais natural do que receberem apoio e ajuda de seus professores. Já no Ensino Superior, não é de se espantar que isto não ocorra, ao menos por parte dos professores. Estes esperam que os alunos tomem a iniciativa de procurá-los caso necessitem de assistência. Em geral, não negam auxílio – sugerem ao melhores caminhos, porém deixam que os próprios estudantes processem as orientações fornecidas bem como as divulguem para os demais interessados.
Ainda seguindo a mesma linha de raciocínio, os professores no Ensino Médio estão sempre dispostos a receber os alunos – antes, durante e após as aulas, ao passo que nas Faculdades e Universidades é usual que hajam horas de atendimento em determinados dias da semana, pré-estabelecidos, para ouvir o alunado. É comum que, para esclarecer uma dúvida, um estudante tenha de deixar uma aula à qual está assistindo para buscar um professor de outra disciplina, em seu horário de atendimento, de modo a poder ser recebido. Vale ressaltar que não há interação entre professores, de modo a evitar estes conflitos de horários. Os alunos devem se ajustar à situação de momento.
No que se refere às técnicas de ensino, os professores do Ensino Médio em geral dão muita ênfase a estes procedimentos, buscando com isto cativar seus alunos, procurando sempre atraí-los e interessá-los a acompanhar suas aulas com bom aproveitamento. O enfoque muda radicalmente no Ensino Superior, onde os Mestres em cada disciplina são “experts” em suas áreas de atuação, sendo seus alunos os maiores interessados em deles extrair o máximo de conhecimento. Não se espera dos professores de Faculdades e Universidades que se dediquem a “levar os alunos pela mão”, de modo a assimilarem suas aulas. São, em geral, bons professores, tentando levar o melhor de seus conhecimentos para a turma, porém são raros os casos de docentes que tendem a se comportar como seus colegas do Ensino Médio. Quando isto acontece, normalmente está associado a disciplinas dos primeiros anos do curso, nas aulas consideradas como “de formação básica” ou “fundamentais” e não nas mais específicas, características dos semestres posteriores.
O que acontece quando um estudante falta às aulas em um determinado dia numa escola de Ensino Médio, principalmente em caso de doença? Muito provavelmente, já no dia seguinte, os professores procurarão fornecer-lhe o material referente à aula perdida, além de lhe orientá-lo. E se o mesmo ocorrer quando o estudante estiver cursando uma Faculdade ou Universidade? Qual seria a conduta? Neste caso, cabe ao aluno ou aluna que deixou de assistir às aulas do dia buscar, junto aos colegas, as notas de aula, avisos e tarefas propostos naquela data. Via de regra, os professores não se envolvem no sentido de dar apoio ao estudante faltoso, independentemente do motivo, se justificável ou não.
Sob uma ótica mais abrangente, no Ensino Médio há uma tendência dos professores seguirem fielmente o livro-texto, além de fornecerem todo o apoio necessário para ajudar a acompanhá-lo, inclusive material complementar, seja ele escrito, oral ou ambos. Já no Ensino Superior não há esta linearidade de procedimento, com um livro texto como eixo principal. Os professores podem decidir quanto a seguir ou não um livro-texto à risca. Podem optar em desenvolver a matéria a partir de outras abordagens – distintas e/ou mais aprofundadas, através de ilustrações, mapas, textos complementares recomendados ou discussões e pesquisas a respeito dos tópicos abordados. Espera-se dos estudantes que sejam capazes de relacionar o que foi exposto nas aulas com o conteúdo não apenas do livro-texto mas sim de outras fontes, eventualmente até mesmo contraditórias.
Numa escola de Ensino Médio, outra característica interessante a ser comentada consiste no fato dos professores normalmente registrarem nas lousas (sejam elas tradicionais – à base de giz, canetas-pincéis, ou através de “data show”) tudo o que é ministrado, sendo que os estudantes são levados a copiar em classe este material – seja em seus cadernos, “smartphones” ou equipamentos eletrônicos semelhantes. Já na Faculdade ou Universidade, o mais comumente encontrado são docentes que registram nas salas de aula apenas os temas dos tópicos, discutindo-os ou apresentando-os verbalmente. A ideia, neste caso, não é a de sumarizar o conteúdo mas sim de referenciá-lo. Dos alunos é esperado que tomem a maior quantidade de notas possível, para logo em seguida, ao final da aula, processá-las convenientemente.
Finalmente, no Ensino Médio, os alunos são constantemente lembrados de suas obrigações, tais como datas de entrega de trabalhos, provas, seminários, etc., enquanto que no ambiente acadêmico tais orientações são fornecidas por escrito na primeira aula de cada disciplina ministrada, cabendo aos discentes se programarem e se organizarem para o cumprimento das atividades que serão desenvolvidas em cada caso.
Cabe comentar, todavia, que esta enorme diferença comportamental entre o que um aluno de Ensino Médio encontra ao iniciar um Curso Superior segue em maior ou menor grau as rotinas aqui descritas, notadamente nas Universidades públicas. No Ensino Superior privado (Faculdades ou Universidades), há uma forte tendência, atualmente, de aproximar as doutrinas em se tratando de assistência aos alunos, daquelas encontradas no Ensino Médio, na expectativa de que não venham a desistir de suas matrículas diante de uma sensação de “abandono” devido às peculiaridades comentadas no que tange ao relacionamento com o corpo docente.
É difícil afirmar se estas atitudes por parte das Instituições de Ensino Superior privadas seriam as mais adequadas. Por um lado haveria a questão do desenvolvimento de maior independência por parte dos estudantes quando se defrontam com as situações tratadas neste artigo no que se refere à Universidade pública. Por outro lado, quando nos voltamos à maior preocupação do Ensino Superior privado com o dia-a-dia dos seus alunos, atendendo-os em suas necessidades e demandas com prontidão, sempre com receio de que se assim não procederem poderiam perder parte de seu público, surge um problema: os estudantes deixam de adquirir a capacidade de agir de forma autônoma, característica do ambiente universitário.
Talvez a solução esteja em encontrar um meio termo, uma distinção não tão profunda do Ensino Superior relativamente ao Ensino Médio, porém não chegando a levar o Ensino Superior a pé de igualdade no âmbito de suas rotinas com aquelas associadas ao Ensino Médio, voltadas especificamente ao público adolescente.
O que você, que acabou de ingressar em uma Faculdade ou Universidade, ou mesmo que se encontra nas primeiras fases deste novo mundo, achou de nossas considerações neste artigo? Participou de situações parecidas com aquelas aqui descritas? Quais foram as suas sensações a respeito daquilo que presenciou ou continua vivenciando? Está com dúvidas a respeito de como proceder, quais rumos tomar no dia-a-dia de seus estudos universitários?
Saiba que é possível encontrar apoio ao longo desta nova etapa em sua vida. Não se desgaste procurando soluções que possam eventualmente te levar a becos sem saída. Nós, enquanto mentores, podemos ajudar você a “aprender a estudar”, e também fornecer orientações que lhe ajudarão a se adaptar nesta nova etapa de sua vida estudantil.
Não existem regras universais em se tratando de como se desvencilhar das dificuldades encontradas quando um aluno ou uma aluna ingressa num Curso Superior. Porém, o que pode ser afirmado – e, por sinal, consistindo em um fato muito interessante – é que os(as) estudantes já podem se preparar aos poucos para esta nova etapa, ainda no Ensino Médio!
Podemos descrever procedimentos genéricos, básicos, que valem praticamente para qualquer pessoa. No entanto, não é possível ignorar as características de individualidade dos alunos e das alunas. É neste contexto que nosso trabalho se encaixa.
Com o emprego de sessões de mentoria, procuraremos compreender as necessidades e as particularidades do(a) estudante para, a partir daí, dar-lhe o apoio e direcionamento adequados, juntamente com um acompanhamento do desempenho de nosso mentorado(a).
Nossas atividades não consistem em aulas particulares de nenhuma disciplina em especial. Trata-se de um processo de treinamento e de aconselhamentos individuais, procurando melhorar o desempenho escolar ou acadêmico do aluno ou da aluna (esteja ele ou ela ainda cursando o Ensino Médio ou já o Superior), aumentando a eficácia nos estudos, o melhor aproveitamento do tempo disponível e, consequentemente, obtendo maiores notas nos resultados das provas e exames.
Em resumo, nosso objetivo básico é o de direcionar os estudantes a “aprender a estudar”.
Nosso processo de mentoria atua com êxito inclusive no caso do ensino à distância, por meio de computadores e smartphones – aonde os principais problemas estão relacionados às dificuldades de acompanhamento e concentração por parte dos estudantes.
Desenvolveremos conjuntamente as ferramentas que melhor se adequem às características pessoais de cada estudante. Contate-nos e falaremos a respeito disso. Poderemos agendar uma conversa através da plataforma “Zoom” ou equivalentes.
Nosso e-mail é:
aprendendoaestudar@aol.com
Caso prefira, segue nosso telefone:
11-99317-5812 (WhatsApp)
Não perca tempo! Venha “aprender a estudar” conosco e comece agora mesmo.
Estamos te aguardando. Até logo mais!
Prof. Arnaldo – mentor em educação, voltado a técnicas de estudo e aprendizagem.
Créditos:
Primeira ilustração:
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Segunda ilustração:
https://www.freepik.com/free-vector/professor-concept-illustration_11119939.htm#page=2&query=professor&position=33&from_view=keyword Image by storyset on Freepik
Terceira ilustração:
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