Apesar do tratamento destes distúrbios, já citados em nosso artigo anterior, não estarem incluídos em nossa proposta de trabalho, voltada a ensinar o aluno a estudar, ou seja, o sempre comentado “aprender a estudar”, onde desenvolvemos, juntamente com o estudante, técnicas para aprimorar seus métodos de estudo, por meio de uma abordagem pessoal (entenda-se, avaliada de modo a atender às suas necessidades individuais), é interessante que tenhamos uma noção destes importantes tópicos, principalmente para que possamos distingui-los das dificuldades rotineiras que os estudantes apresentam em seu dia-a-dia (estas últimas passíveis de serem corrigidas através de acompanhamento especializado envolvendo mentoria – e é justamente aí que nos encaixamos!).
Conhecendo um pouco mais a respeito da dislexia:
Basicamente podemos afirmar que a dislexia consiste em um distúrbio associado à leitura que, no entanto, pode afetar outras áreas tais como o processo de aprendizagem e a expressão. Daí o fato dela ter sido enquadrada no contexto das dificuldades de aprendizagem, porém com implicações em outras áreas (como a TDAH, as funções executivas e o processamento visual e auditivo).
Historicamente no entanto, a dislexia foi categorizada ao longo de muito tempo como um distúrbio de aprendizagem discreto. De fato, há aqueles que sugerem reservar este termo apenas para indivíduos que apresentam dificuldade com o processo de leitura.
Com o decorrer dos anos, esta abordagem se alterou. Com efeito, estudos mais recentes argumentam que os problemas associados à dislexia consistem em uma ampla gama de deficiências neurológicas que afetam várias das capacidades do portador, tais como as capacidades auditiva, de fala, de escrita, de sequenciamento e de lembranças.
Todos concordam, porém, que a dislexia consiste em um distúrbio que explica o porque de muitos estudantes terem mais dificuldades em aprender a ler comparativamente a seus colegas. É interessante citar que mesmo pequenos atrasos no ato de aprender a ler nas crianças não-disléxicas são capazes de, ao longo dos anos, se traduzir em diferenças significativas entre aquilo que é esperado da criança em termos de leitura no âmbito escolar comparativamente ao que ela é de fato capaz de aprender através da leitura.
Estas diferenças são ainda maiores nas crianças disléxicas, pois estas tendem a evitar a leitura. Afastam-se destas experiências pois, para elas, a leitura se torna uma tarefa difícil, o que acentua suas deficiências de aprendizagem na escola. De fato, bons leitores leem cada vez mais e adquirem mais flexibilidade e proficiência na leitura. Entrementes, os que se afastam dos livros, aqueles que se envolvem menos com eles, distanciam-se da média de seus companheiros. Estes desníveis nas habilidades de leitura se tornam cada vez mais significativos, afetando o aprimoramento do vocabulário e da compreensão do que é lido. As capacidades de expressão tais como o falar e escrever são vinculadas ao quanto a criança lê.
Aqueles que são portadores de dislexia sofrem com a percepção de seu atraso escolar, apresentando diminuição da auto-estima e da motivação para realizar suas tarefas escolares, acentuando portanto ainda mais seu desempenho comparativamente aos demais.
Felizmente, este problema pode ser revertido com o auxílio de profissionais voltados a esta área: pedagogos, psicólogos e psicopedagogos por exemplo, além de outros terapeutas.
Há testes que permitem estimar o grau de dislexia que o paciente apresenta. Citamos a seguir alguns dos questionamentos que costumam ser apresentados numa avaliação voltada ao público adulto, apenas para efeito de ilustração. Pedimos que não sejam levados ao pé-da-letra e também não como elementos determinantes de diagnósticos. O fato de você se identificar (ou a seus filhos) com várias destas questões não implica em que apresente dislexia. Vamos pois descreve-los:
1) Possui dificuldade em distinguir o lado esquerdo do direito?
2) Você se complica ao interpretar um mapa ou para encontrar a rota para um local desconhecido?
3) Fica desconfortável ao ter de ler em voz alta?
4) Demora mais tempo que o normal para ler uma página de um livro?
5) Você sente dificuldade em compreender ou se recordar o que leu?
6) Você tende a rejeitar a leitura de livros com muitas páginas?
7) Você sente dificuldade ao soletrar palavras?
8) Sua caligrafia é ruim e difícil de ler?
9) Você se sente confuso ao falar em público?
10) Você sente dificuldades ao escrever mensagens em seu “smartphone”?
11) Quando tenta pronunciar palavras longas, você tem dificuldade em vocalizar os sons na ordem correta?
12) Você sente dificuldade em somar ou subtrair empregando apenas a sua mente, sem empregar papel e lápis ou mesmo os dedos?
13) Você se confunde ao teclar o número de alguém no telefone?
14) Você consegue dizer os meses do ano rapidamente?
15) Você consegue dizer os meses do ano de trás para a frente?
16) Você confunde datas e horas?
17) Você se esquece de compromissos importantes?
18) Para você o preenchimento de formulários impressos é uma atividade confusa?
19) Você tende a confundir números (por exemplo, 54 com 45)?
Conforme comentamos em várias ocasiões, é importante não associar a dislexia, bem como outras dificuldades ou distúrbios de aprendizagem com os problemas de natureza escolar que muitos estudantes por uma razão ou outra acabam por adquirir, prejudicando seu aproveitamento. São justamente este problemas que constituem o foco de nossas atividades.
Nossa proposta de trabalho se baseia em, através de técnicas de mentoria, identificar se o estudante necessita se organizar, adquirir novos hábitos e/ou modificar as suas formas de estudo – dentre vários outros aspectos – visando aumentar o seu rendimento e lhe trazer mais satisfação pessoal.
Procuramos fazer com que nosso aluno aprenda a estudar. Consulte-nos através de nosso e-mail:
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Caso seja de sua preferência, nosso telefone é:
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Entraremos em contato o mais brevemente possível.