Estilos de aprendizagem e estratégias a serem adotadas em cada caso (parte II)

Em nosso artigo anterior tivemos a oportunidade de apresentar a classificação de estudantes em ativos e reflexivos. Neste texto, consideraremos uma forma alternativa – trataremos dos estudantes perceptivos e dos intuitivos.

Os estudantes perceptivos e os intuitivos, em princípio, apresentam uma grande diferença comportamental. Enquanto que os primeiros apreciam aprender fatos e conceitos de modo cartesiano, os segundos freqüentemente optam pela descoberta de diferentes possibilidades para uma dada situação, bem como procuram estabelecer relacionamentos com base naquilo que estão assimilando, em busca de novas descobertas.

Em outras palavras, os estudantes perceptivos procuram a solução de problemas através de técnicas e métodos bem estabelecidos e conhecidos (“pisando em terreno seguro”, por assim dizer), e tendem a evitar complicações e surpresas, ao passo que os estudantes intuitivos apreciam a inovação e detestam a rotina, as repetições.

Uma característica interessante e que é tipicamente notada nos alunos perceptivos consiste em não aceitar serem avaliados com base em tópicos que não tenham sido explicitamente tratados em classe.

Os alunos perceptivos em geral são mais atentos a detalhes e mostram mais afinidade com a memorização de fatos, apreciando também “por a mão na massa” em se tratando de atividades práticas de laboratório. Já os intuitivos são melhores no âmbito de “captar novos conceitos” e se sentem mais à vontade que os estudantes perceptivos quando se envolvem com abstrações e formulações matemáticas.

Depreende-se daí que os estudantes perceptivos apresentam perfil mais prático e cuidadoso quando comparados aos intuitivos, sendo que estes últimos se caracterizam por trabalhar mais rapidamente em seus problemas e serem mais inovativos que os perceptivos.

Os alunos perceptivos não se sentem bem freqüentando cursos que não revelam uma aparente conexão com o “mundo real”. Já os intuitivos detestam participar de aulas com atividades extremamente repetitivas e que não requerem raciocínio, idem para aquelas que se baseiam em memorização e rotina.

É interessante ressaltar que todos os estudantes apresentam por vezes comportamentos perceptivos ou intuitivos. A questão é que sempre haverá uma preferência por um ou por outro modelo. Esta predominância, dependendo do indivíduo, se mostra intensa, moderada ou leve. O ideal, pensando em termos de uma aprendizagem eficiente, é que consigamos operar em ambos os modos de acordo com as circunstâncias, adaptando-se conforme as necessidades, tornando-se um bom aprendiz e também um bom solucionador de problemas.

Ainda no campo da idealidade, não devemos superestimar a intuição (pois poderíamos deixar de lado detalhes importantes e sermos vítimas de deslizes por falta de cuidado nos cálculos ou nos trabalhos práticos), bem como não exagerar na característica perceptiva, pois, neste caso, confiaríamos exageradamente na memorização e nas rotinas que nos são familiares, desprezando e/ou não se concentrando suficientemente na compreensão do fenômeno ou nos pensamentos inovativo e criativo.

Como reforçar o estilo perceptivo em ambientes não propícios ao aluno:

Os alunos perceptivos dominam a propriedade de se recordar e de melhor compreender as informações apresentadas em aula se puderem constatar como estas se relacionam com o mundo real. Supondo que a classe esteja envolta em um ambiente aonde os tópicos ministrados sejam abstratos e teóricos, os indivíduos perceptivos apresentariam certa dificuldade na assimilação da aula.

A solução para isto passa por várias possibilidades, a saber:

1) solicitar ao professor que exemplifique os conceitos;

2) debater a respeito de como os conceitos se aplicam na prática;

3) buscar, por si só, em livros-texto ou outras obras de referência indicadas pelo professor, aplicações para aquilo que foi exposto em classe;

4) desenvolver um “brainstorm” a respeito dos temas tratados junto a seus colegas de classe (lembrando que “brainstorm” é um termo em inglês que significa, literalmente, “tempestade cerebral”, caracterizando discussões livres entre integrantes de um grupo, objetivando chegar a uma conclusão, a uma ideia brilhante ou à solução de um problema).

Como seria possível valorizar o estilo intuitivo?

Imagine que um estudante seja portador, predominantemente, do perfil intuitivo e, de algum modo, “caia de paraquedas” em uma sala de aula aonde a ênfase é dada à memorização, a atividades repetitivas, ou a uma rotina de procedimentos. Com certeza ele estaria passando por uma sessão extremamente tediosa. A solução para esta situação envolve algumas possibilidades, tais como: 1) solicitar ao professor que o auxilie nas interpretações ou nas teorias que conectam os fatos apresentados em aula; 2) tentar encontrar tais conexões por si só. Complementando, e levando em consideração a aplicação de provas e exames: 3) quando da realização de avaliações, tomar muito cuidado com erros banais, pois o aluno intuitivo se mostra “impaciente com os detalhes” e detesta rotinas e repetições – logo, convém sempre checar e rechecar suas respostas; 4) reservar um intervalo de tempo para sempre ler toda a questão a ser resolvida antes de começar a responde-la, procurando rever suas respostas por segurança.

Ativo, reflexivo, perceptivo ou intuitivo? Não importa qual é o seu estilo de aprendizagem. Nossa especialidade é a de ajuda-lo a “aprender a estudar”. Dispomos de um serviço de mentoria que procurará analisar suas características pessoais e elaborar um plano de trabalho especialmente voltado às suas necessidades. Entre em contato conosco e conheça nossa proposta. Envie-nos um e-mail o mais brevemente possível. Não deixe para depois. Teremos o máximo prazer em responde-lo:

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