Quero estudar! Preciso estudar! Como devo fazer? Não sei nem ao menos como começar!
Este é o título deste nosso artigo… E até rima, não é verdade? Observe que as quatro frases acima exprimem aquilo que 99% dos alunos sentem, desejam, porém não conseguem encontrar respostas para seus anseios e necessidades.
Poderíamos também acrescentar um subtítulo ao nosso texto original… Que tal este?
Tudo o que você precisa saber a respeito de técnicas de estudo mas não tinha a quem perguntar!
Vamos pois dar a partida a tudo aquilo que gostaríamos de lhe expor com a finalidade de ajudar, de apoiar e de incentivar você, leitor ou leitora, objetivando abrir seus caminhos neste contexto.
Como Estudar? Esta frase pode lhe parecer intrigante… E, de fato, não faltam motivos para tanto. Com efeito, o ato de estudar em si não é intuitivo e óbvio como em geral o consideramos. Quando uma mãe ordena a seu filho adolescente: Vá estudar!!! , o que ela, na realidade, está esperando dele?
Eis aqui algumas possibilidades…
– que ele consiga decorar o que o professor explicou durante a aula daquele dia;
– que ele consiga aprender a matéria lecionada durante o dia;
– que ele consiga compreender o que o professor ensinou;
– que ele entenda os tópicos que foram apresentados em aula com o objetivo de ter sucesso na prova do dia seguinte;
– que ele seja capaz de assimilar os conceitos ministrados em uma dada aula ou num conjunto de aulas;
– que ele tenha condições para acompanhar o que o professor apresentará nas próximas aulas;
– que ele consiga recuperar e entender o que o professor apresentou na sala de aula no(s) dia(s) em que o filho esteve ausente;
dentre várias outras expectativas…
Você certamente poderia acrescentar muitos outros itens a esta lista, mas o importante agora é perceber que, na verdade, o termo “estudar” guarda uma amplitude de conceitos que não podem ser descritos a partir de uma única assertativa.
Uma definição formal, colhida de um bom dicionário, descreve o ato de estudar do seguinte modo:
“Aplicar a inteligência para aprender, para saber, ou adquirir instrução ou conhecimentos, dedicar-se à apreciação, análise ou compreensão de; procurar fixar na memória, freqüentar o curso de; exercitar-se, ser estudante, estudioso, aprender a conhecer-se; observar-se e analisar-se.”
Como o termo “aprender” está vinculado ao “estudar”, vejamos, neste mesmo dicionário, em que consiste este ato:
“Tomar conhecimento de, tornar-se apto ou capaz de alguma coisa, em conseqüência de estudo, observação e experiência” .
Ao levarmos em consideração estas definições formalizadas, notamos uma relação de causa e efeito entre os atos de estudar e aprender… A causa, o “estudar” e seu efeito, o “aprender’.
O que precisamos e, muitas vezes desejamos, é “aprender”. Todavia, o caminho para este “aprender” passa, de algum modo, pelo ato de “estudar”.
É justamente aí que se inicia nossa discussão. Como devemos proceder, o que devemos fazer, quais são os caminhos, quais são as técnicas a serem adotadas para que possamos, enfim, “estudar” e, como conseqüência, “aprender”?
Em primeiro lugar, é importantíssimo saber que ninguém nasce sabendo como estudar. Trata-se quase de uma arte, que aprendemos com o tempo, com o ambiente em que vivemos, no núcleo familiar e por observação. Não raro, a busca de técnicas de estudo, consciente ou inconscientemente, envolvendo tentativas e erros também acontece.
É fato também que podemos, desde a infância, expor nossas tendências e mostrar maior ou menor aptidão para o estudo e a aprendizagem como consqüência. Mas não é viável, repetimos, afirmar que trata-se de uma arte nata, um dom concedido ao nascermos. Podemos, isto sim, ser orientados, aprender métodos de estudo, adaptarmo-nos em maior ou menor grau a um ou mais destes processos, com mais ou menos facilidade – dependendo de nossas características pessoais.
O ato de estudar é pessoal, é individual. Uma técnica que possa se revelar como ideal, em determinada circunstância, para alguém, pode não o ser para outrém. Até mesmo para o próprio indivíduo, ao vivenciar circunstâncias distintas, a referida técnica, antes excelente, pode se mostrar inócua.
Há muitas razões para isto. Como exemplo, cumpre observar que, em essência, podemos identificar três grandes linhas que abrangem as formas com que a aprendizagem acontece. Um dos modos de caracteriza-las consiste na definição de uma linha visual, de uma linha auditiva e de uma linha cinestésica (ou seja, que envolve de algum modo atos de movimentação, ações físicas, usualmente se manifestando através da escrita).
Uma pessoa que possa ser classificada como “visual”, estuda e aprende fundamentalmente por observação. Em uma sala de aula, o sentido da visão é preponderante. Mantém sua atenção àquilo que o professor apresenta através de seus gestos, na forma como escreve informações na lousa, em suas atitudes, nos “slides” e filmes expostos por meio de “datashow“, nas transparências mostradas através de retroprojeção. Ao estudar, individualmente, mesmo que se apoie em livros, apostilas e anotações, procura associar o que lê com cenas previamente visualizadas e reconstruídas em seu cérebro.
O indivíduo tido como “auditivo”, ao ser exposto às mesmas condições da pessoa “visual” anteriormente citada, absorve as informações primordialmente identificando o professor como um locutor de rádio. Literalmente dá ouvidos à forma como ele expõe as informações, ao tom de voz, à sua entonação. Ao estudar um determinado tópico por meio de seu material de aula (livros, cadernos, textos), procura se recordar do que o professor disse, de como disse, dos detalhes associados ao dado momento em que aquele tópico lhe foi apresentado.
Vejamos agora a terceira faceta, o sujeito cinestésico, na maioria ds vezes representado pelo “escriba”. Este aprende através do registro, das anotações daquilo que é dito e colocado na lousa pelo professor. Procura absorver os conteúdos ministrados enquanto sua caneta ou lápis corre pelo papel. Nele inclui não apenas as falas como também esboços, cálculos – toda e qualquer informação gerada pelo professor e que julgue relevante. Durante seus estudos procura, além de reler o material, assim como os indivíduos “visuais” e “auditivos” o fazem, reescrever o que foi apresentado nas aulas, incluindo eventuais comentários e complementações, a partir de suas próprias anotações.
Não é possível identificar, dentre estas três famílias ora expostas, uma que demonstre melhor ou pior desempenho. Tratam-se de características pessoais, individuais. Além disso, para tornar esta abordagem mais completa (ou seria mais “complexa”?) as pessoas não se mostram totalmente “visuais”, “auditivas” ou “cinestésicas”. É fato que temos uma característica dominante, mas sempre com certo percentual das outras duas. Um indivíduo, digamos, 60% do tipo “escriba” pode apresentar, por exemplo, 30% do aspecto “auditivo” e 10% do “visual”. Esta distribuição percentual é uma marca pessoal, podendo inclusive sofrer pequenas alterações durante a vida.
Vejamos pois as situações aqui consideradas sob a ótica do professor. Este possui um alunado com diferentes características em se tratando do processo de aprendizagem… O próprio professor poderia se enquadrar dentro de seus próprios percentuais associados às aprendizagens “visual”, “auditiva” ou “cinestésica”. E como ele, em seu papel, deveria atuar em sala de aula? Certamente não poderia se mostrar totalmente “visual” ou “auditivo”… Não poderia entrar e sair de uma sala de aula apenas e tão somente escrevendo e traçando esboços e gráficos na lousa… Deveria atuar de modo a atingir todo o seu público, sendo simultaneamente “visual”, “auditivo” e “escriba”. De fato, este seria o procedimento mais adequado, de forma a ser compreendido pela sua turma numa atitude de compromisso, sem pender para uma das facetas em particular.
A questão é que raramente isto ocorre. Na realidade, a atuação supracitada por parte do docente infelizmente consiste na exceção, e não na regra. Usualmente o professor tende a ministrar suas aulas com base em sua tendência particular, seja ela “visual”, “auditiva” ou “cinestésica”. Conseqëntemente, boa parte de seu alunado poderá ter dificuldades de identificação e de aproveitamento, com o professor e com a disciplina, respectivamente, devido a uma falta de “sintonia” com o ambiente e as condições nas quais estas aulas estão sendo ministradas.
Analisando a situação friamente, a solução passaria por um retreinamento do professor e, até mesmo, pela sua substituição. Todavia, isto se mostra impraticável. Um retreinamento no modo de lecionar de um professor veterano não produziria alterações comportamentais significativas por parte deste. O professor veterano possui sua linha de atuação, seus princípios, sua forma de agir e não se dobraria facilmente a modificações comportamentais de monta. Poderia até mesmo tentar, por algum tempo. No entanto, fatalmente voltaria a adotar seu comportamento habitual após este transitório. Na melhor das hipóteses poderiam ser nele desenvolvidas alterações de natureza cosmética, pouco significativas. Esta é a realidade. Afirmo isto com base em minha vivência de várias décadas na carreira acadêmica no âmbito do ensino superior.
Haveria ainda a possibilidade da substituição do professor. Mas com base em que? Pode tratar-se de um excelente professor! O fato dele possuir características dominantes seja do tipo “visual”, “auditiva” ou “cinestésica”, e ministrar suas aulas com base nelas, não constitui formalmente um demérito. Nenhum diretor de escola em sã consciência tomaria atitudes deste tipo (excetuando-se motivos pessoais ou de não consonância com a Instituição de Ensino).
Suponhamos no entanto que o professor de fato tenha sido submetido a um retreinamento e que, conforme seria de se esperar, suas atitudes didáticas não foram alteradas significativamente ao término deste. Digamos também que, como conseqüência, ele tenha sido afastado e as suas aulas assumidas por outro professor, “idealizado”, e que consegue atender às três facetas simultaneamente.
O alunado ficaria feliz? O aproveitamento aumentaria? Sim, é possível. E até mesmo seria muito provável. Os alunos estudariam mais eficientemente? Sim. Ao menos disporiam das condições para tanto.
Diante do exposto poderíamos assim afirmar que a Diretoria da Instituição de Ensino agiu corretamente ao demitir o professor? A resposta a esta pergunta, apesar do aparente sucesso do alunado, consiste em um sonoro NÃO!
E como poder-se-ia justificar que o afastamento do hipotético professor não tenha sido uma atitude correta?
A resposta é muito simples. Vale aqui o velho e batido provérbio que afirma: melhor que dar um peixe a uma pessoa faminta seria ensinar-lhe a pescar.
Perceba que o problema foi atacado pontualmente. Uma dada disciplina e um dado professor. Uma Instituição de Ensino decente não tomaria uma atitude drástica demitindo grande parte de seus professores por não apresentarem as características idealizadas em se tratando do atendimento simultâneo aos três perfis de aprendizagem analisados. Além disso, cada professor possui suas peculiaridades. Qualidades e defeitos, como todos nós. Não se tratam de modelos robotizados, projetados para atender a qualquer perfil de aluno.
Isto posto, qual seria a melhor solução para este dilema?
Devemos ensinar a pessoa a pescar, e não fornecer-lhe o peixe. Os alunos devem ser instruídos a estudar. Devem aprender a estudar. E por incrível que possa parecer, os alunos, desde os cursos básicos até a Universidade não são orientados a estudar com eficiência.
Existem dezenas. Talvez mais de uma centena de técnicas de estudo. Uma dada técnica pode ser adequada para alguém e totalmente ineficaz para outrém. Cada caso é um caso. Não existem regras fixas. O aluno interessado em aprender e utilizar técnicas eficientes de estudo deve ser avaliado por um profissional experiente que identificará seu perfil de aprendizagem. Combinando seu perfil com seus hábitos, treinando seu grau de concentração, seu foco, sua capacidade de leitura eficaz e memorização, orientando-o a evitar a procrastinação, incentivando-o a desenvolver sua criatividade, ajudando-o a buscar suas motivações dentre outras ações, este profissional procurará definir um conjunto de atitudes envolvendo o comprometimento do estudante com tais recursos e lhe recomendará as técnicas mais adequadas para o seu caso. É importantíssimo notar que trata-se de um trabalho caso-a-caso. Não há soluções gerais, que sirvam, que funcionem para todos. O envolvimento do profissional com o estudante, a avaliação de seu perfil, é imprescindível.
Talvez esta seja a principal razão pela qual as escolas, não importa de qual grau, pouca importância concedam ao “ensinar a estudar’. Não se trata de uma atividade que possa ser realizada conjuntamente. Deve, isto sim, ser aplicada individualmente. Não há, conforme já sugerimos, regras que valham conjuntamente, para todo um grupo.
Se você, pessoalmente, ou seus filhos e parentes direta ou indiretamente se identificam com as necessidades de apoio que descrevemos neste artigo, fique a vontade para me contatar. Tenho ampla experiência na área educacional. Sou especialista em didática no ensino superior, com mestrado e doutorado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo em Engenharia Elétrica, na área de Sistemas Eletrônicos. Leciono há quase trinta anos no ensino superior em Instituições de renome. Poderei auxiliar a solucionar seus problemas no processo de estudo e aprendizagem. É importante ressaltar que não oferecemos aulas particulares de disciplinas ou temas específicos. Trata-se de um processo de mentoria com o objetivo de abrir os caminhos para todos aqueles que se identificam com a necessidade de melhorar, de aprimorar sua forma de estudar. Por meio de nosso apoio desenvolveremos conjuntamente técnicas específicas que permitirão ao aluno “aprender a estudar”.
Envie-nos uma mensagem, caso este artigo tenha lhe motivado. Teremos o máximo prazer em responde-la. Lembre-se: ensinamos a pescar. Não se trata de dar o peixe ao aluno. Aulas particulares são paliativas. Não solucionam as necessidades do aluno a médio e longo prazo. Procuramos, isto sim, desenvolver uma resposta definitiva para as dificuldades de estudo. Conheça-nos. Experimente. Aguardo seu contato.
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Prof. Arnaldo – mentor em educação, voltado a técnicas de estudo e aprendizagem.