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Tudo aquilo que você sempre pensou a respeito do trabalho em equipe (no ambiente escolar ou acadêmico) porém nunca teve a oportunidade de expressar – parte III

Se tivéssemos de definir em uma única palavra aquilo que mais caracteriza um trabalho em equipe, a melhor escolha, a nosso ver, seria esta: “sinergia”.

É com base no conceito de sinergia que poderíamos qualitativamente afirmar que 2+2=5. Isto porque este termo designa a possibilidade de que o conhecimento agregado atribuído a duas pessoas pode resultar numa magnitude superior àquela devida à soma dos conhecimentos individuais.

Em suma, dois cérebros unidos pensam melhor que um único ou mesmo dois separadamente. Com efeito, muitos de nós acreditamos que a colaboração é sempre o melhor caminho a ser seguido.

Isto, de fato, não deixa de ser uma verdade, porém cabe lembrar que há vantagens e desvantagens no trabalho em equipe, conforme já foi discutido.

Por exemplo, quem já teve a oportunidade de participar de uma atividade grupal em grande escala, com uma quantidade significativa de participantes, muito provavelmente se deparou com sensações tais como o surgimento de obstáculos quando do desenvolvimento das tarefas, associadas à presença de muitos elementos na equipe, além da percepção de desconforto com a desaceleração no ritmo dos trabalhos devido à variedade de opiniões que são colocadas em pauta.

Com toda a certeza, a colaboração superdimensionada tem como efeito contrário o estabelecimento de atrasos significativos nas ações que devem ser executadas. De algum modo, em certos momentos decisões devem ser tomadas para que os trabalhos desenvolvidos se tornem palpáveis e para que as atividades não se tornem estanques. Todavia, o processo de tomada de decisões em um grupo apresenta certos vícios de natureza psicológica que dificilmente seriam evitados.

Isto posto, propomo-nos comentar a seguir dois destes vícios.

  • Podem surgir ideias e propostas que não necessariamente refletem os princípios da maioria, mas sim de uma liderança no grupo que surge naturalmente. Tais ideias e propostas cristalizam-se aos poucos, de tal modo que, mesmo que muitos participantes a elas se oponham – em maior ou menor grau – o desejo de permanecer em conformidade e evitar a inconveniência fala mais alto, levando-os a acatar decisões com as quais não estão total ou parcialmente de acordo, não sendo portanto as ideais pensando no grupo como um todo.
  • Quem já participou de trabalhos em equipe provavelmente não tenha conscientemente percebido, porém deve ter sentido um fenômeno que poderia ser denominado de “apreensão de avaliação”. Isto acontece quando nosso receio de sermos julgados pelo que dizemos ou aquilo que apresentamos diante dos demais membros da equipe domina o pensamento, o que pode prejudicar nosso desempenho. Rotulamo-nos em nosso imaginário como estando despreparados para fazer parte do grupo – e isto traz uma caracterização (absurda) de nós mesmos que faz-nos parecer com que sejamos “mais burros do que somos na realidade”.

Com o objetivo de ilustrar o potencial destes vícios em se tratando de nos causar prejuízos, apresentaremos na sequência um interessante experimento conduzido pelo psicólogo Solomon Eliot Asch (1907-1996), um pioneiro nos experimentos de psicologia social. Em um de seus mais famosos estudos, realizado em 1951, voltado à investigação de como a pressão social exercida por um grupo majoritário pode afetar um indivíduo em condição minoritária, encontra-se uma prova de como nossas contribuições em uma equipe podem ser inibidas.

Asch analisou o comportamento de cinquenta estudantes de uma instituição de ensino norte-americana em um teste de visão, baseado na identificação de tamanhos de linhas. Cada um destes estudantes era colocado em uma sala juntamente com outras sete pessoas (atores contratados). Os falsos participantes foram antecipadamente informados a respeito de qual resposta deveriam indicar ao serem apresentados aos testes. O participante “real” obviamente não tinha conhecimento de que os demais integrantes do ensaio eram atores, e nada sabiam a respeito das respostas previamente acertadas. Para este indivíduo tratavam-se também de estudantes à sua semelhança.

Todas as pessoas na sala foram expostas a uma linha traçada num quadro, denominada de referencial e, simultaneamente, a outras três (A, B e C) de tamanhos distintos. O que deveria ser dito (em voz alta, para que todos ouvissem) por cada um dos participantes? Simplesmente qual das linhas: A, B ou C possui comprimento igual ao da linha de referência.

Quando da exposição das respostas, propositalmente o participante “real” era deixado por último. Diga-se de passagem, a resposta era óbvia. Não havia como errar. O teste foi repetido dezoito vezes, com diferentes tamanhos de linhas e de referenciais. Os “atores” foram instruídos a fornecer uma mesma resposta incorreta em doze destes ensaios, denominados de “críticos” (e que estavam pré-determinados). O objetivo de Asch era o de verificar se os participantes “reais” confirmariam o ponto de vista da maioria dos presentes.

Solomon Asch analisou o número de vezes em que cada participante “real” acompanhava a opinião da maioria. Em média, um terço dos participantes deixaram de lado a resposta correta – que com certeza sabiam, porém não a expressaram – para mudar de lado e indicar uma solução errada – aquela sugerida pelos demais integrantes (com base nos doze ensaios críticos).

Além disso, 75% dos participantes “reais” acataram as opiniões dos “atores” ao menos uma vez dentre os doze ensaios críticos. Por outro lado, 25% dos participantes apresentaram suas próprias opiniões.

Em um grupo de controle, onde não haveria a pressão para acompanhar o voto unânime dos “atores”, menos de 1% dos participantes “reais” informaram respostas incorretas.

Há algumas conclusões extraídas destes ensaios que se mostram relevantes no tocante ao tema tratado neste artigo.

Em primeiro lugar, quando os participantes “reais” foram entrevistados após o experimento, a maioria deles afirmou que não acreditaram nas respostas apresentadas pelos “atores”, porém as suas opiniões foram acatadas – “foram com os demais por receio de serem ridicularizados ou serem tidos como diferentes”. Poucos dentre os participantes “reais”, em seu íntimo, consideraram as respostas sugeridas pelos “atores” como corretas.

Duas conclusões adicionais puderam ser obtidas destes testes:

  • As pessoas seguem o comportamento do grupo devido ao fato de desejarem se ajustar a ele, de replicar seu comportamento. A este fenômeno dá-se o nome de “influência normativa”.
  • Um participante do grupo acredita que os demais integrantes são melhor informados que ele mesmo (independentemente do fato de serem mais, menos ou tão informados quanto, pois o que entra em jogo é a crença). A esta particularidade denominamos de “influência informacional”.

Neste ponto, o leitor já começa a adquirir uma visão de quão profundos são os aspectos relacionados ao trabalho em equipe e à participação em um grupo. Mais considerações a respeito serão desenvolvidas em nosso próximo artigo.

Por ora, gostaríamos de registrar algumas observações a respeito do trabalho que desenvolvemos com o projeto “Aprendendo a Estudar”.

Nossas atividades destinam-se a atender a um público formado por estudantes de Cursos Médio e Superior, que sentem dificuldades em acompanhar as aulas, sejam elas presenciais ou virtuais.

A falta de concentração, de organização, do estabelecimento de rotinas e um conjunto de outros fatores podem estar dentre as principais razões para o baixo rendimento escolar ou acadêmico.

Propomo-nos a auxiliar o aluno ou a aluna em dificuldades. Através de um programa individualizado, procuramos inicialmente conhecer as particularidades do estudante. Numa segunda etapa, em posse deste entendimento, buscamos estabelecer orientações e acompanhamentos personalizados, com o objetivo de ajudar o aluno ou a aluna a melhor acompanhar e compreender as aulas, a estudar com mais eficiência, a se preparar correta e adequadamente para as avaliações, a aproveitar seu tempo disponível sem desperdiça-lo e, assim, poder alcançar bons resultados com eficácia e percebendo que seu esforço bem dimensionado é capaz de gerar resultados.

Não se tratam de aulas particulares de qualquer natureza, mas sim de um processo de acompanhamento direcionado onde, partindo-se de uma entrevista inicial, via plataforma “ZOOM” ou “SKYPE”, é elaborado um conjunto de ações voltadas a atender a cada caso em função de suas necessidades.

Consulte-nos para obter mais esclarecimentos. A seguir, indicamos nossos canais para contato:

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(11) 99317-5812  (para mensagens escritas ou de voz via WhatsApp)

Não perca tempo. Envie suas consultas, dúvidas ou comentários ainda hoje. Comprometemo-nos a lhe responder o mais brevemente possível.

Até logo mais! Estamos no seu aguardo!

 

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Tudo aquilo que você sempre pensou a respeito do trabalho em equipe (no ambiente escolar ou acadêmico) porém nunca teve a oportunidade de expressar – parte II

Em nosso texto anterior tratamos de alguns aspectos referentes ao trabalho em equipe na Escola, na Faculdade ou Universidade sob a ótica de um professor com larga vivência no ambiente acadêmico, a partir das constatações do comportamento de seu alunado ao longo de décadas.

Procuraremos agora apresentar uma abordagem diferente para o trabalho em equipe, analisando seus aspectos positivos e negativos, seu lado bom e o ruim, suas vantagens e desvantagens.

Estritamente falando, a ideia do trabalho em equipe consiste em atuar conjuntamente de modo a atingir um mesmo objetivo. Trata-se de uma definição aparentemente simples, não fosse pela dificuldade inerente ao lidar com pessoas portadoras de diferentes opiniões. Não necessariamente isto seria um  problema, pois teoricamente, quanto maior o número de participantes, mais informações estariam à disposição para a execução do trabalho, e haveriam mais fonte de ideias.

A criatividade seria ressaltada, mais propostas, contrapropostas e discussões seriam estabelecidas. Verdades poderiam ser reavaliadas assim como os pontos de vista. Estes seriam os aspectos positivos. Contrapondo, há algumas considerações que pendem para o lado negativo que também merecem ser comentadas.

  • Quando uma atividade em equipe está sendo executada, pode haver opressão sobre um ou mais participantes, forçando-os a acatar ideias distintas daquelas que outros propuseram. Não raramente, algum tipo de ameaça velada ou às claras pode ser manifestada.
  • Surgem também situações em que uns se expressam mais que outros, não concedendo espaço para que suas opiniões sejam colocadas.
  • Num trabalho em equipe típico, há aqueles membros que efetivamente “carregam o piano”, isto é, recebem uma sobrecarga de tarefas proporcionalmente excessiva enquanto que outros, privilegiados, assumem as partes mais leves, por assim dizer.
  • Quando há um maior número de pessoas participando de uma tarefa em equipe, o “grau de entropia”, ou, em outros termos – a desordem – tende a aumentar, pois mais tempo é consumido nas discussões, mais demoradamente se chegam às conclusões e a tarefa se desenvolve com maior dificuldade, com mais impedimentos.

Está sendo possível, através dos comentários até aqui expostos, constatar a presença simultânea de duas visões, os dois lados do trabalho em equipe, os aspectos positivos e negativos intrinsicamente ligados e indissociáveis.

Estando consciente destas características, torna-se possível decidir se uma determinada tarefa vale ou não a pena ser executada individual ou conjuntamente, em equipe. Dentre os critérios para este julgamento incluem-se a situação em que nos encontramos bem como nossas necessidades. Por exemplo, em de tratando principalmente de trabalhos acadêmicos, numa condição muito específica, aonde por uma razão ou outra o aluno é obrigado a executar uma atividade em equipe mesmo que disponha de todos os requisitos para realiza-la por si só (conhecimento, recursos, tempo, etc.) cabe uma interessante reflexão: que atitude deve um aluno tomar diante desta situação?

O que será exposto e também discutido a seguir, rogamos, não deve sob hipótese alguma ser confundido com egoísmo, egocentrismo, desprezo pelos demais integrantes do grupo ou outra forma de isolacionismo. Pedimos uma extrema atenção para a afirmação que se segue, entendendo-a de modo a manter a individualidade do estudante ao mesmo tempo em que se entrega ao grupo, à equipe. Aí vai ela:

“Realizar o trabalho em equipe pensando individualmente, porém transparecendo que há uma perfeita integração entre os membros do grupo”.

Duas ressalvas ainda no que se refere a esta frase (e que ela não seja lida fora de contexto!) serão apresentadas.

  • O “pensar individualmente” se refere a manter as âncoras na individualidade e ao mesmo tempo dedicar-se realmente à equipe, procurando colaborar com ela. O termo “transparecendo” deve ser entendido como de fato atuar na equipe, porém mantendo suas características pessoais sem assumir a completa identidade do grupo.

Por que isto? Aí vai a segunda ressalva e os esclarecimentos necessários.

  • A afirmação em pauta vale apenas e tão somente se o trabalho em equipe for colocado como sendo uma condição obrigatória e se de fato for constatada a ineficácia e a precariedade do grupo, sem que estas situações e comportamentos possam vir a ser expostos perante aqueles que lhe obrigam a participar do trabalho.

Enfatizando então, não se trata de agir falsamente, mas sim operar e orientar o grupo individualmente, como um comandante – uma tática para evitar maiores problemas e ter a tarefa executada (sem a idealidade, evidentemente, esperada de um trabalho em equipe – infelizmente).

Esta é uma solução de compromisso que pode ser adotada pelo bom aluno e pela boa aluna. Ele(a) realiza o trabalho, não se indispõe com os colegas, consegue fazer com que o grupo assimile novos conhecimentos e não desenvolve atritos com seus professores. De quebra, a equipe acaba por lhe agradecer pela ajuda (e pela nota obtida!).

Poderíamos elaborar outros comentários, desta feita quanto a um hipotético docente que tenha colocado os alunos diante de um trabalho que forçosamente deveria ser realizado em equipe, e que colocou  um(a) estudante (com o perfil anteriormente tratado) em xeque.

Estaria o professor ou professora ciente da heterogeneidade da equipe (ou equipes, partindo do princípio de que esta condição viesse a estar replicada em outros grupos)?

Este teria sido de fato o interesse do mestre? Se sim, poderia ser uma tentativa de polinizar o conhecimento, de modo a mesclar bons com maus alunos? Ou será que o(a) professor(a) inclui-se dentre aqueles que não possuem a devida habilidade, formação e treinamento para lidar com uma turma dividida em equipes e o estabelecimento de objetivos a serem atingidos?

Fato é que há de tudo – bons e maus professores, preparados em maior ou menor grau, habituados e favoráveis a trabalhar conjuntamente com outros docentes (ou não) bem como propor atividades em equipe aos alunos (ou não) e por aí vai.

Em suma, seria muito bom que o aluno ou a aluna conheçam estes  diferentes cenários e consigam por si só analisar a situação e tomar as melhores decisões, ponderando cuidadosamente os prós e contras, não se esquecendo de levar em conta o bom relacionamento para com seus colegas. Os estudantes, assim agindo, só tem a ganhar.Ao dispor de apoio adequado, através de um mentor, todos os aspectos da vida escolar ou acadêmica de um aluno ou de uma aluna podem ser otimizados, tais como: aprimorar suas condições para melhor assimilar o conteúdo que está sendo ministrado em uma sala de aula, como estudar em casa com maior eficiência, organizar seus horários, aquisição de novos hábitos que venham a ajudar no bom desempenho na Escola, Faculdade ou Universidade, obtenção de melhores resultados em suas tarefas – exercícios, trabalhos, apresentações, etc., culminando com uma boa assessoria para a obtenção de boas notas nas avaliações e uma proveitosa integração com seus colegas.

 

Nosso trabalho consiste justamente em desenvolver este programa de mentoria. Por meio de uma entrevista inicial, procura-se melhor conhecer o aluno ou a aluna de modo a entender suas necessidades e problemas específicos. A partir daí é elaborado um conjunto de ações baseadas em técnicas especialmente voltadas ao atendimento daquilo que este aluno ou aluna necessitam.

Tratam-se de acompanhamentos e orientações individualizados, que procuram resolver aquilo que afeta os(as) estudantes que nos consultam, levando-os  a desenvolver uma rotina de estudos mais eficiente, com melhor aproveitamento, redução de esforços e menos desgastes.

Não deixe de nos consultar. Solicite o quanto antes mais informações, sem qualquer compromisso. Você só tem a ganhar com isto.

Dispomos de um e-mail e de um contato via WhatsApp (para mensagens escritas ou gravadas), para trocarmos informações, esclarecimentos de dúvidas bem como tudo aquilo que você queira conhecer a respeito de nossas atividades de mentoria.

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Estamos no seu aguardo. Permita-nos ajudar-lhe a “aprender a estudar”. Junte-se a nós e melhore seu desempenho escolar ou acadêmico. Não perca tempo! Até logo mais!

Tudo aquilo que você sempre pensou a respeito do trabalho em equipe (no ambiente escolar ou acadêmico) porém nunca teve a oportunidade de expressar – parte I

Trabalho em equipe… Há vantagens, há desvantagens. Apresenta facetas positivas, outras negativas. A solução consiste em tentar extrair aquilo que há de bom nas tarefas grupais, procurando minimizar os problemas a elas inerentes. Porém, isto não é nada fácil!

Em uma sala de aula, numa escola genérica, um professor propõe à classe uma atividade que terá um bom peso na avaliação do período. Vários alunos se manifestam:

– Pode ser em grupo??

– Por favor, já temos muitas tarefas de outras disciplinas…

– Deixa, vai!

O que podemos identificar por detrás desta já conhecida e desgastada ladainha? Neste caso fica evidente o interesse destes alunos caracterizadamente fracativos no sentido de se apoiar nos estudantes que fazem parte de uma equipe de modo a realizar o mínimo trabalho possível – preferivelmente nada, porém tomando o cuidado de, politicamente, tentar adular o professor simulando ter participado ativamente das tarefas quando da finalização das atividades, atraindo a atenção do mestre para suas “atuações”. Quando das atribuições das notas de avaliação, serão estes aqueles que mais se posicionarão, procurando justificar o recebimento das pontuações as mais elevadas possíveis – tudo isto, claro, visando benefícios próprios.  A equipe se torna apenas um meio através do qual eles atingem seus objetivos – qual seja, receber o máximo possível de resultados em troca do menor esforço que puderem realizar.

Como sabemos, este comportamento parasitário pode ser encontrado no ambiente escolar, no acadêmico, migrando posteriormente para o campo profissional – com as necessárias adaptações.

Via de regra, este tipo de aluno vence não pelo conhecimento adquirido na Escola, na Faculdade ou na Universidade, e sim pelo treino político e de convencimento exercitado durante sua vida estudantil. Para aqueles que acolheram tais alunos em seus trabalhos de equipe, e que constatam a trajetória destes colegas sugadores, fica uma sensação de mágoa e de terem sido manipulados, pouco podendo fazer para evitar a situação em que foram envolvidos. Quanto aos professores, evidentemente conhecem e são capazes de identificar à distância  este comportamento de “carona indesejável” no esforço de outros. No entanto, pouco podem fazer de modo a coibir tais atitudes – por um conjunto de motivos, dentre eles:

– dificuldades na atribuição de notas individuais, pois os demais participantes do grupo de trabalho não se sentem à vontade para identificar quem colaborou ou não na equipe, e em quais intensidades;

– falta de constatações concretas para julgar o trabalho em sua totalidade e também nas etapas parciais, apesar de, subjetivamente e com a experiência docente, este fato possa vir a ser contornado (isto, bem entendido,  se o caráter subjetivo de avaliação não vier a ser questionado, como é praxe atualmente…);

– a diminuição da autoridade do docente tendo em conta as exigências em voga associadas ao “politicamente correto”, que muitas vezes inibe o profissional para agir de modo a reprimir e corrigir as atitudes parasitárias destes alunos mal-intencionados  infiltrados nas equipes; dependendo das atitudes tomadas pelo professor até mesmo a judicialização do procedimento pode ser invocada.

Por outro lado, se for bem conduzido, o trabalho em equipe pode ter muito a oferecer. O grande problema consiste no fato de que não basta os professores declararem que determinada tarefa deverá ser executada em equipe. Trata-se de um comportamento que deve ser cuidadosamente ensinado e treinado, atitudes que necessitam de cultivo paciente e com o atento olhar dos docentes de modo a corrigir os rumos conforme a necessidade. A questão que se estabelece é que, neste contexto, geralmente nem as instituições de ensino estão preparadas para orientar seu alunado, nem mesmo os seus professores e mestres.

O trabalho em equipe é interessante e produtivo quando os vetores envolvidos em sua execução estão todos voltados para a mesma direção e sentido. Neste caso, o processo se torna sinérgico e todos aqueles que participam das atividades associadas a este trabalho percebem que uma corrente positiva está em andamento, sendo que todos tendem a lucrar com isto. Infelizmente, este cenário perfeito é utópico. Todavia, o simples fato de tentarmos buscar um ambiente propício para ao menos nos aproximarmos ao máximo destas condições idealizadas, por si só é benéfico.

Poucos são os docentes que conseguem realmente ensinar, orientar e acompanhar o alunado no tortuoso caminho que conduz ao planejamento e execução eficientes de um trabalho em equipe, onde todos os participantes colaborem e valorizem esta ação conjunta. Simplesmente anunciar e “jogar” um grupo de alunos numa tarefa a ser realizada em equipe, sem o devido cuidado em evitar conflitos e no gerenciamento à distância de seu desenvolvimento, tende a maus resultados. Os alunos não aprendem a realizar trabalhos em equipe, não há um direcionamento efetivo e, ao longo do tempo, não se sai deste círculo vicioso.

Um exemplo típico, presente em vários cases pertinentes ao trabalho em equipe no ambiente acadêmico é aquele onde a tarefa a ser realizada é “organizada” pelos alunos do seguinte modo:

  • Os estudantes discutem entre si como truncar a tarefa em pedaços;
  • A cada aluno ou aluna é atribuída uma das partes;
  • Cada elemento do grupo desenvolve, com maior ou menor interesse, o pedaço da tarefa que lhe foi designado;
  • As partes são juntadas sem qualquer análise de relacionamento (sequenciamento mais adequado), interdependência ou conexões;
  • Não há (evidentemente) uma conclusão geral coerente: no máximo, uma frase semelhante a: “O trabalho foi muito interessante, e todos os integrantes aprenderam muito com ele”;
  • Caso haja necessidade de uma apresentação, cada participante deverá falar por alguns minutos a respeito do que realizou, sequencialmente (com muita sorte todos os alunos e alunas estarão presentes – via de regra, se alguém não comparecer ou chegar com atraso à apresentação, seu trecho será simplesmente ignorado ou apresentado ao final);
  • Desnecessário citar que a equipe não se preocupa em se preparar antecipadamente para a apresentação, seja em termos de timing, seja na interdependência e junções entre os tópicos, na coerência global e até mesmo no planejamento e arranjo dos equipamentos necessários, tais como um laptop, sistema de projeção, cópias do trabalho em pendrive para o caso de pane, etc..

Em suma, temos aqui um trabalho no estilo “Dr. Frankstein”, com sua criatura gerada a partir de pedaços e juntada, criando-se um monstrengo.

Uma análise rápida do exemplo que acabamos de mostrar nos leva a uma importante conclusão, que será apresentada a seguir.

Com efeito, um dos principais fatores que devem ser desenvolvidos no alunado, no caso da realização de um trabalho em equipe, além das orientações, gerenciamento e a busca da idealidade e sinergias já citadas, consiste no senso de responsabilidade – dos estudantes com eles mesmos e também com relação aos seus colegas. Não é tarefa fácil, pois vários fatores estão envolvidos (a maturidade sendo um deles, mais desenvolvida e notória no caso de alunos e alunas que necessitam trabalhar paralelamente ao acompanhamento de seus cursos).

Seguiremos com este tema posteriormente, em nossos próximos artigos. No momento, gostaríamos de desenvolver alguns comentários referentes às atividades que temos a lhe oferecer. Propomo-nos a auxiliar os estudantes no que tange às dificuldades que apresentam no contexto escolar ou acadêmico (alunos e alunas que cursam o ensino médio ou superior). Problemas relacionados à absorção da matéria ministrada em aula, baixo rendimento, ineficiência na realização de suas tarefas ou nos estudos em casa que parecem não dar resultados.

O objetivo de nosso trabalho consiste em fazer com que os alunos e alunas “aprendam a estudar”.  Através de um acompanhamento individualizado, procuramos antes de tudo conhecer o(a) estudante, seus problemas e dificuldades, para somente então propor-lhes um conjunto de técnicas especialmente dimensionadas para o atendimento de suas necessidades, de suas características específicas.

Não se tratam de aulas particulares de nenhuma disciplina em especial, mas sim de um programa de treinamento que levará o aluno ou a aluna a melhor aproveitar as aulas ministradas, a gerenciar e a otimizar seus estudos em casa, a obter melhor rendimento em suas tarefas e, como consequência deste conjunto de ações, ao aprimoramento das avaliações – desempenhos mais eficazes nas provas e exames.

Converse conosco, venha se juntar a nós para “aprender a estudar”. Contate-nos ainda hoje, através dos meios que colocamos à disposição (e-mail e mensagens via WhatsApp) e solicite mais informações. Teremos o máximo prazer em lhe retornar o mais brevemente possível:

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Primeira ilustração: https://www.flaticon.com/authors/vectors-market  – Vectors Market  -from https://www.flaticon.com

Segunda ilustração: https://www.iconspng.com/image/49283/students-group-work

Terceira ilustração: https://icon-library.net/icon/team-work-icon-12.html   title=”Team Work Icon #334358″ https://icon-library.net//images/team-work-icon/team-work-icon-12.jpg

O “Efeito Pigmalião” – uma fonte de incentivo e de aprimoramento

“Quando esperamos que alguém possa apresentar um bom desempenho em qualquer área, tratamos este alguém de um modo diferente, mesmo que inconscientemente. Professores tendem a se mostrar mais dedicados a estudantes que são tidos como de QI mais elevado (mesmo que na verdade estejam na média de seus colegas…). Oferecem-lhes tarefas mais desafiadoras, preocupam-se em responder prioritariamente a seus questionamentos e até mesmo concedendo-lhes mais atenção. Sem que percebamos, somos capazes de induzir outras pessoas a serem bem sucedidas!”

Em nosso artigo anterior apresentamos o “Efeito Golem” e como ele pode afetar negativamente o desempenho não apenas do estudante como também do próprio docente. Nesta oportunidade, porém, trataremos de seu dual – o “Efeito Pigmalião”. Em essência, consiste no lado oposto do “Efeito Golem”, a ponto de, sem que percebamos, ser capaz de induzir os alunos ao sucesso.

Ao contrário do “Efeito Golem”, no “Pigmalião” as expectativas são capazes de melhorar o desempenho da classe como um todo, bem como dos discentes em particular. Trata-se de um fenômeno de natureza psicológica através do qual altas expectativas se convertem em profecias auto-realizáveis. À semelhança de seu efeito contrário, a denominação “Pigmalião” tem sua razão de ser. Na mitologia grega, Pigmalião foi um rei e também escultor na ilha de Chipre que, em certa ocasião esculpiu uma estátua reproduzindo uma figura feminina, tendo dela se enamorado por considerá-la a mulher ideal. Deu à estátua o nome de Galatéia. Implorou então a Afrodite (a deusa do amor e da beleza), pedindo-lhe que procurasse para ele uma mulher com as qualidades de Galatéia. Afrodite, sensibilizada com Pigmalião, e não tendo encontrado mulher tal qual Galatéia, concedeu vida à imagem esculpida em marfim que Pigmalião havia criado. Pigmalião e Galatéia se casaram e tiveram filhos.

O mito de Pigmalião foi então associado a fatos que, quanto mais desejados e buscados, tornam-se personificados. Em outros termos, também aqui identificam-se as profecias auto-realizáveis.

Douglas Murray McGregor (1906-1964), professor de Psicologia do MIT Sloan (Massachusetts Institute of Technology – Sloan School of Management), afirmava: “Quem tem expectativas ruins sobre os outros, não acredita neles ou não vê suas qualidades, costuma colher o pior dessas pessoas” – lembrando o “Efeito Golem”. McGregor continua: “Já quem tem expectativas positivas, tende a obter o melhor de cada uma delas” – associando-se ao lado oposto, o “Efeito Pigmalião”. A propósito, generalizando as considerações do Prof. McGregor, não importa se as citadas expectativas provém de nós mesmos ou de outros. Os efeitos “Golem” e “Pigmalião” se manifestam do mesmo modo!

O “Efeito Pigmalião” é perfeitamente aplicável dentro do ambiente escolar e acadêmico. A sala de aula consiste, via de regra, em um microcosmo de classes sociais e de estereótipos.

Paralelamente a isso, sabe-se que o cérebro humano possui dificuldades em distinguir as diferenças entre os conceitos de “percepção” e de “expectativa”. Enquanto que a “percepção” envolve a constatação direta ou indireta de comportamentos, ações, aprendizagem, etc., a “expectativa” representa uma imagem criada (no caso, pelo docente) a respeito do que um aluno é capaz de alcançar (mais uma vez em termos de comportamento, ações, aprendizagem, etc.).

Ao compreender o “Efeito Pigmalião” e aplicando-o adequadamente, torna-se possível ao docente estabelecer um ambiente de positividade no entorno em que ele age (mormente em sala de aula). Para tanto, não pode se descuidar, tornando-se prisioneiro de pré-concepções (conscientes ou inconscientes) que possam abalar o julgamento, degradando como conseqüência a capacidade de estabelecer expectativas coerentes, justas e incentivadoras. Ao contrário, os professores devem se treinar de forma a extrair o melhor de cada análise efetuada, procurando sempre elevar os padrões e ajudar seu alunado no aperfeiçoamento, na melhoria e na geração de ciclos virtuosos que atuam em benefício dos discentes.

Mais uma vez entra em cena o conceito de “profecia auto-realizável”, desta feita, no sentido positivo. A idealização deste princípio é devida ao sociólogo norte-americano Robert King Merton (1910–2003), que o criou em 1948. Trata-se do processo através do qual  uma crença ou expectativa afeta o desenrolar de uma situação que se estabelece ou da forma com que uma pessoa ou um grupo se comportam.  Um outro interessante meio de caracterizar a “profecia auto-realizável”, segundo Merton, consiste na seguinte afirmação: “De início, trata-se de uma falsa definição de uma situação que leva a um novo comportamento, o que por sua vez implica no fato da falsa concepção original se tornar verdadeira”.

“Profecia auto-realizável”, portanto, é a falsa crença que se transforma em realidade ao longo do tempo – a crença que passa a ser tida como verídica.

Robert Rosenthal e Leonore Jacobson estudaram profundamente a influência das expectativas dos professores em se tratando do desempenho dos estudantes. A pesquisa deu origem a um livro publicado em 1968, e que permanece atual até hoje: “Pygmalion in the Classroom”. Em uma de suas mais interessantes pesquisas, foi informado a alguns professores que os estudantes em uma dada classe eram portadores de um quociente de inteligência (QI) acima da média. Nada foi dito com relação a outras classes – nem que possuíam alunos com QI abaixo, acima ou na média – absolutamente nenhuma informação. A propósito, uma dentre estas outras turmas foi adotada como sendo o grupo de controle. O que os professores desconheciam, era que os alunos com “alto QI” na verdade foram agrupados aleatoriamente, estudantes tomados ao acaso. Estatisticamente, consistiam em alunos dentro da média das demais turmas (inclusive comparativamente à classe de controle!). Ao final do semestre, os estudantes de ambas as turmas, a de “alto QI” e a do grupo de controle foram avaliadas comparativamente aos seus estados iniciais, no princípio do ano letivo. Ambas as classes apresentaram evolução. No entanto, a classe que abrigava o grupo de alunos rotulados como sendo de “alto QI” se destacou nas avaliações, mais que o grupo de controle.

Segundo Rosenthal e Jacobson, este resultado se deve ao “Efeito Pigmalião”. Isto se justificaria pelo fato dos professores terem dado mais atenção aos estudantes (para eles) “mais bem dotados” – o que se traduz por mais apoio, mais dedicação e tarefas mais desafiadoras comparativamente aos demais. Na verdade, tratavam-se de alunos absolutamente na média, taxados como sendo de “alto QI” e que se beneficiaram de mais atenção, valorização e, como conseqüência, de melhor aproveitamento!

Líderes em geral são capazes de influenciar seus subordinados a se comportar de acordo com as altas expectativas da chefia. Conscientemente ou não, os verdadeiros líderes são capazes de modificar o comportamento de seus subordinados, através da imposição de mais responsabilidades ou do estabelecimento de metas bem definidas. Se um líder enxerga seu funcionário como sendo competente, tal subordinado será tratado como se de fato fosse, receberá mais oportunidades para desenvolver suas competências e seu desempenho será mais relevante – um ciclo virtuoso característico do “Efeito Pigmalião”. Cabe notar que este processo é bidirecional: se o subordinado espera competência por parte de um líder, ele tende a apoiá-lo, reforçando suas qualidades. Do mesmo modo, estudantes que se identificam com um certo professor, interessando-se por suas aulas, incentivam este docente a aprimorar ainda mais sua atuação na classe.

O “Efeito Pigmalião” caracteriza-se por nos mostrar que nossa realidade pode ser alterada por outrem, seja proposital ou não intencionalmente. Aquilo que alcançamos, como pensamos, como agimos e até mesmo como nossas capacidades são identificadas podem ser influenciados pelas expectativas daqueles que nos cercam. Tais expectativas podem ter origem em conjecturas sem base racional, ou pré-concebidas. No entanto, possuem a capacidade de nos afetar, alterando o nosso rumo.

É interessante apresentarmos uma comparação entre os conceitos de “percepção” e o da “profecia auto-realizável”. Enquanto que a primeira é comandada e distorcida por polarizações de natureza cognitiva, sendo uma característica que afeta nossa interpretação de algo, a segunda modifica, altera o que de fato acontece. Há no entanto uma restrição – o “Efeito Pigmalião” efetivamente atua naquilo que somos capazes, que temos recursos para realizar – dentro de nossas limitações – em se tratando do que de nós é esperado. Não há milagres – não temos como ir além daquilo que temos reais condições de executar ou de criar. O “Efeito Pigmalião” permite, na prática, que evoluamos até as fronteiras de nossas capacidades, evitando que tenhamos de passar pelas intempéries determinadas pelas baixas expectativas que poderiam nos ser transmitidas, minando o processo.

Devemos também ter certo cuidado com o “Efeito Pigmalião”. Não podemos realizar algo apenas porque alguém espera que o façamos. Expectativas exageradas potencialmente viriam a se tornar estressantes. Haveria a possibilidade, eventualmente, de nos desmotivar e nem ao menos tentar começar a atender tais expectativas. Por outro lado, expectativas mais realistas, mais palpáveis e comedidas (ou mesmo expectativas mais específicas), são significativamente mais viáveis em se tratando de gerar resultados promissores.

Aproveitando a deixa deste nosso artigo, gostaríamos de ressaltar que realizamos um trabalho de mentoria, voltado ao “aprender a estudar”. Trata-se de um atendimento individualizado, no qual procuramos antes de tudo conhecer nooso mentorado (o estudante, a estudante que precisa de apoio), de modo a moldar um conjunto de técnicas de estudo especificamente dimensionadas para se ajustar às suas necessidades, A partir daí, seguimos a rotina do mentorado, sugerindo correções no rumo (se necessário for), à medida que o processo de acompanhamento se desenvolve. O “Efeito Pigmalião” permeia todo o nosso atendimento.

Que tal conhecer um pouco mais sobre nossas atividades? O objetivo é fazer com que o aluno ou a aluna estudem com maior eficiência, que consiga por si só melhor absorver o conteúdo ministrado em aula e que, como conseqüência, seja bem sucedido(a) nas avaliações.

Não se tratam de aulas particulares de nenhuma disciplina em especial, e sim de ensinar o(a) aluno(a) a estudar com eficácia, com melhor rendimento.

“Aprendendo a Estudar” – um conceito, uma forma de pensar e de agir através de ferramentais voltados às necessidades de cada caso em particular.

Contate-nos para obter mais esclarecimentos e sanar eventuais dúvidas. Dispomos para tanto de um telefone (via WhatsApp):

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Estamos te aguardando. Converse conosco hoje mesmo e conheça o que temos a oferecer. Não perca tempo. Podemos lhe auxiliar a resolver seus problemas em se tratando de dificuldades em estudar, a melhor absorver a matéria ministrada e na obtenção de melhores notas. Em resumo, a estudar mais eficientemente. A aprender a estudar!

Até breve!

 

Ilustração:  Pigmalião e Galatéia / Ernest Normand / Domínio Público

O “Efeito Golem” e suas implicações na sala de aula

“Quando alguém possui baixas expectativas a respeito de outrem, este último tende a apresentar realmente um baixo desempenho, justificando assim as reduzidas expectativas deste alguém. Trata-se de uma profecia auto realizável”.

O “Efeito Golem” consiste em um fenômeno de natureza psicológica através do qual quando um líder, chefe, supervisor, professor, orientador – ou seja, qualquer indivíduo que, sob determinadas circunstâncias, é tido como um superior a outrem, pressupõe (com ou sem motivos realistas) baixas expectativas em se tratando do desempenho de seus subordinados (funcionários, alunos, pessoas em posição de liderados, etc.), de algum modo é capaz de, efetivamente, piorar a atuação desta(s) pessoa(s).

Tal influência negativa pode acontecer de diferentes formas, mas o que importa no momento é que o fenômeno em pauta consiste em uma “profecia auto realizável”, onde aquilo que se imagina efetivamente vem a acontecer.

A denominação “Efeito Golem” foi adotada a partir das narrativas associadas ao “Golem”, uma criatura  artificialmente gerada a partir do barro, presente em vários pontos do folclore judaico. A mais famosa das lendas que falam a respeito desta criatura vem da Idade Média, tendo como personagem principal o Rabino Yehuda Loevy, na cidade de Praga em 1580. O “Golem de Praga”, como assim é conhecido, foi gerado a partir dos elementos fogo, terra, água e ar através do conhecimento cabalístico do “Maharal de Praga”, como o Rabino Loevy também era conhecido. Este obteve permissão Divina para recorrer a forças espirituais de modo a criar uma entidade como o “Golem”. Sua função era a de proteger os judeus que foram ameaçados de extermínio através da intriga de seus inimigos, tendo salvado muitas vidas (vide referência 1).

A associação do nome com o fenômeno que estamos analisando, no entanto, se deve a uma variante desta lenda, segundo a qual aos Sábados (o “Shabat” judaico), o “Golem” deveria ser “guardado” de modo a não se tornar violentamente destrutivo (como se acreditava). Porém, num destes dias, por algum motivo o “Golem” não foi desativado e agiu incontrolavelmente, atacando tudo o que encontrava, necessitando assim ser eliminado. Assim, havia a expectativa de destruição se o “Golem” fosse deixado livre no “Shabat” (o que, segundo a lenda, se realizou).

No âmbito educacional, o “Efeito Golem” representa a preocupação dos educadores com os efeitos negativos das profecias auto realizáveis (à semelhança dos cuidados em manter o “Golem” resguardado aos Sábados de modo a não se tornar descontroladamente violento).

Baixas expectativas implicam em desempenhos negativos. Quando um professor estabelece (por qualquer motivo, com ou sem fundamentos) uma reduzida esperança na evolução, no aprimoramento de alguns de seus alunos, fica implícito que os resultados por eles apresentados será significativamente inferior comparativamente àqueles obtidos pelos estudantes com os quais o mesmo professor demonstrou melhores expectativas. O “Efeito Golem” tem lugar: as baixas expectativas por parte da figura de autoridade (o professor) de algum modo comunica aos subordinados (os alunos) que pouco se espera deles. Isto pode ocorrer através de gestos inconscientes, de palavras, de tarefas indicadas a estes alunos com um nível de exigência inferior relativamente ao de outros colegas ou mesmo ao conceder menor atenção a estes indivíduos, dentre tantas outras formas de interação. O reduzido rendimento de tais alunos, por sua vez, reforça a impressão original do professor, estabelecendo-se um ciclo de degradação no processo de ensino e aprendizagem. Os alunos passam a esperar menos deles mesmos, desincentivando-se, desinteressando-se e desenvolvendo uma falta de motivação. Passam a diminuir seus esforços nos estudos e, consequentemente, registram baixo aproveitamento. A “constatação” de que o “professor tinha razão” em sua premissa destes indivíduos serem rotulados como “maus alunos” é “comprovada”… Daí manifesta-se e reforça-se o “Efeito Golem” – o ciclo negativista – tendendo a piorar a situação (profecia auto realizável).

Um outro aspecto interessante desta profecia auto realizável (sob o ponto de vista negativo) acontece quando tanto o professor como seus alunos “marcados” vinculam baixa expectativa e consideração à tendência de agir fora das regras da Escola, da Faculdade ou da Universidade, como por exemplo agindo desonestamente nas atribuições e avaliações – copiando tarefas e trabalhos de colegas, “colando” nas provas, etc..

Vamos tratar de um exemplo prático. Digamos que um professor deve aplicar uma avaliação a uma classe – uma prova. Naturalmente, sob o ponto de vista do professor, espera-se que alguns de seus estudantes se mostrem propensos a “colar”. Partindo do princípio de que o professor pressinta o fato mas não possa determinar quem de fato agirá de modo desonesto, a atitude será a de manter a vigilância sobre toda a classe, procurando inibir aqueles eventuais alunos que tendem a “colar” de  assim o fazer.

Sob o ponto de vista do alunado (ou pelo menos de boa parte dele) que está sentado, submetendo-se à prova, a sensação captada é a de que o professor não confia neles e que deles é pressuposto que venham a agir desonestamente na avaliação que está em curso. Mesmo dentre aqueles alunos que não tem a intenção de “colar”, esta percepção negativa é assimilada. E isto pode determinar o surgimento do “Efeito Golem” na classe – uma negatividade imposta, estabelecendo comportamentos também negativos – uma vez que os bons pagam pelos maus alunos. Tem-se aqui a sensação de injustiça frustrando o bom estudante.

Olhando agora sob o ponto de vista do professor, e como ele próprio pode ser vítima do “Efeito Golem”, analisemos a seguinte situação, ainda dentro do contexto da “cola” durante as provas. Alguns deles (uma minoria, diga-se de passagem), pela forma de atuar em classe, levam os alunos naturalmente a “colar”, nivelando-os por baixo – inclusive a eles mesmos enquanto docentes. Fazem de conta que ensinam e os alunos fingindo que aprendem. Outros, no entanto, esperam evitar que a “cola” aconteça, tentando agir preventivamente (elaborando diferentes tipos de provas ou efetuando a separação entre os alunos de maneira mais adequada, por exemplo). E há aqueles (a maioria), que assumem que a “cola” acontecerá de fato se os alunos não forem ostensivamente vigiados. Estabelece-se então o policiamento generalizado. É neste tipo de atitude que queremos nos focar. Será que, inadvertidamente, tais professores causem um “Efeito Golem” nas classes? Segundo Rowe & O’Brien, em “The Role of Golem, Pygmalion, and Galatea Effects on Opportunistic Behavior in the Classroom”, isto pode acontecer.  Existe a possibilidade que a expectativa e a insegurança por parte do professor de que alguns alunos venham a “colar” leve esta sensação para a classe, de modo generalizado, e afete negativamente a sua própria liderança com relação à turma.

Agora, sob o ponto de vista do aluno que, em princípio, não está disposto a “colar”, mas se sente policiado, este se mostra menos motivado a agir honestamente. Ele se decepciona consigo mesmo. Espera menos de si. Fica também na expectativa de que seus colegas venham a “colar” se não forem vigiados. Isto pode reduzir a confiança entre o grupo de estudantes na classe. Trata-se de outra faceta do “Efeito Golem”: alunos e alunas que normalmente não “colariam” nas provas, mas assim o fariam ao vivencia-lo. Estabelecem-se também, potencialmente, condições para que desenvolvam menos confiança a nível pessoal, no âmbito dos colegas, professores e, mais tarde, até mesmo na vida profissional.

Quanto mais você conhecer a respeito dos bastidores do ambiente escolar e acadêmico como fizemos neste artigo, mais preparado estará para contornar problemas que possam estar ocorrendo ou que venham a acontecer, seja no Ensino Médio ou no Superior. Continuaremos a tratar de temas semelhantes a este em nosso próximo texto, quando será apresentado o “Efeito Pigmalião”. Não perca!

A propósito, você tem sentido dificuldades nos estudos? Seu rendimento escolar ou acadêmico é baixo? Não consegue bem aproveitar o tempo que dedica aos estudos em casa? Notas baixas? Durante as aulas percebe que não é capaz de assimilar a matéria que está sendo exposta?

Nós podemos lhe ajudar a superar tudo isso. Desenvolvemos um processo de mentoria, através do qual procuramos acompanhar o(a) aluno(a) de modo a que consiga estudar melhor, com mais eficiência, maior rendimento, maior aproveitamento. Trata-se de um apoio individualizado, especialmente desenvolvido para atender às necessidades de cada aluno individualmente. Um trabalho personalizado, no qual procuramos conhecer antecipadamente as dificuldades apresentadas pelo(a) aluno(a) de modo a propor um programa de auxílio no que se refere ao “aprender a estudar”. Não se tratam de aulas particulares de nenhuma disciplina em especial, e sim da aplicação de técnicas orientativas que fornecerão as condições necessárias para que o(a) estudante consiga melhor acompanhar as aulas, estudar com eficiência e, como consequência, melhorar seus resultados nas avaliações.

Conheça nosso trabalho, sem compromisso de sua parte. Contate-nos através de nosso telefone:

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Converse conosco o mais brevemente possível. Estamos no seu aguardo. Até logo mais!

 

referência 1: https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/1614702/jewish/Golem.htm

Imagens empregadas neste artigo:

figura 1: Representação do “Golem de Praga” – domínio público

figura 2: https://icon-library.net/icon/distress-icon-5.html;  Distress Icon #33477

Mais algumas considerações a respeito do “trabalho duro” e suas implicações

Dando continuidade ao tema tratado em nosso artigo anterior, pretendemos agora discutir mais a fundo algumas características relevantes associadas ao conceito de “trabalho duro”,  denominação esta que não deve ser encarada como algo agressivo e rude, apesar de sua sugestividade. A propósito, neste artigo preferimos renomear o termo “trabalho duro” para “trabalho profundo”, designação esta que Cal Newport atribui em seu livro Deep Work, no qual nos baseamos para desenvolver as considerações iniciadas no mês anterior e que ora prosseguem.

Com efeito, quaisquer atividades de caráter profissional (e nelas incluímos o ato de estudar), que estejam se desenvolvendo numa situação de ausência de distrações e de efetiva concentração podem conduzir as capacidades cognitivas do indivíduo aos seus limites.

Queremos deixar claro que isto não consiste por si só em um problema, mesmo tendo em conta o cansaço mental decorrente. Na realidade, estes esforços de concentração e de blindagem contra distrações aprimoram as habilidades e o preparo daquele que executa as atividades comentadas, atuando como se fossem exercícios destinados à melhoria das condições mentais da pessoa.

Tudo se passa como se, aparentemente, o “trabalho profundo” estivesse extraindo, consumindo o máximo da capacidade intelectual disponível no indivíduo naquele momento. No entanto, atualmente há comprovações científicas suficientes, seja no campo da psicologia bem como no da neurociência, de que, quando o cérebro é solicitado a realizar grandes esforços, tensões mentais tais como no caso do “trabalho profundo” de natureza intelectual, não há prejuízo neste processo – muito pelo contrário: se mostra necessário para que consigamos melhorar nossas habilidades sob o aspecto cognitivo.

Claro é que, hipoteticamente, se um indivíduo puder organizar sua agenda de tarefas de modo a dispor de grandes “blocos de tempo”, dentro dos quais não é levado a distrações, a interrupções de qualquer natureza, à realização de outras tarefas que não aquela relacionada ao seu foco principal, podendo efetivamente se concentrar naquilo que procura trabalhar (ou estudar, o que não deixa de ser considerado um trabalho…), os resultados serão promissores e apresentando alto rendimento. Todavia, como dissemos, trata-se de um caso idealizado, uma vez que são raríssimas as pessoas que, de fato conseguiram, por assim dizer, ”isolar-se do mundo”, fechando-se em prol de suas atividades no trabalho ao qual necessitam se dedicar.

Um exemplo clássico de alguém que conseguiu atingir este limite é o do escritor Mark Twain, que elaborou um de seus livros, “As Aventuras de Tom Sawyer”, num galpão de uma fazenda onde passava um verão. Mark Twain era capaz de se concentrar de tal forma em sua obra, se mostrava tão imerso em seu trabalho que sua família, residindo na casa principal, distante do galpão, tinha de acionar uma corneta com o objetivo de chamar sua atenção para os horários de refeição!

Evidentemente, este bem como outros exemplos de personalidades (e também de indivíduos comuns) que conseguiam atingir esta “imersão total” são raríssimos. Dificilmente nos deparamos com alguém que ao menos se aproxima deste perfil. O que temos de fazer, na prática, não é emularmos estes comportamentos, mas sim toma-los como modelos, como referenciais. Procurar, na medida do possível, adota-los como exemplos a serem buscados dentro de nossas limitações realistas, isto é,  tentando nos esforçar para aprimorar a nossa conduta em se tratando de melhorar o rendimento no trabalho, nos estudos ou em qualquer tarefa que devamos desenvolver. Resumindo: o objetivo não é o de se igualar em termos comportamentais a estes casos extremos, mas sim o de procurar incorporar um pouco de suas condutas (e sem exageros…).

Observe como a questão do “trabalho profundo” conflita diretamente com as nossas atividades modernas. Em sua grande maioria, as pessoas desconhecem o valor de se aprofundar naquilo que necessitam executar, a “ir ao fundo” de algo. Podemos, sem grandes dificuldades, identificar um dos principais motivos para este fenômeno: as redes sociais.

Do e-mail e o SMS, passando pelo Twitter, Facebook e congêneres, juntamente com a facilitação de acesso generalizado e combinado a estes aplicativos através dos computadores, “laptops”  e, principalmente, por meio dos “smartphones”, nossa atenção às tarefas do dia-a-dia foi literalmente fragmentada. Se pudermos estimar quanto tempo somado, ao longo de nossos dias, passamos consultando as redes sociais,o resultado é assustador. Estimar cerca de 60% do tempo não seria nenhum exagero. Claro é que se torna impossível nos envolvermos profundamente nos estudos, no trabalho ou em atividades que exigam raciocínio, diante de um concorrente tão poderoso e tentador (acrescente-se a isto os joguinhos eletrônicos, o Youtube, filmes, etc.). Torna-se premente portanto a alocação, desesperadamente, de tempo para nos dedicarmos àquilo que realmente necessitamos realizar, e não às amenidades que consomem nossa atenção.

Claro é que há realmente o lado bom das redes sociais. Por exemplo, comunicações urgentes que antes não ocorriam são extremamente facilitadas com base nestes recursos. O que devemos ressaltar é que isto, qual seja, a utilização racional das redes sociais, constitui uma pequeníssima parte do tempo em que passamos escravizados junto aos nossos dispositivos eletrônicos.

Um aspecto importante a ser percebido neste contexto é que, apesar de tudo isto nós, ao longo do dia (e de significativa parte da noite), nos sentimos ocupados. Aliás, sempre muito envolvidos com deveres. Qual seria o motivo desta contradição? A explicação pode ter lugar a partir do momento em que definimos o assim chamado “trabalho superficial”. Trata-se de tudo aquilo que envolve ações não-cognitivas, tarefas de caráter logístico, que podem ser perfeitamente executadas enquanto estamos distraídos. Tratam-se de trabalhos, sem dúvida alguma. Todavia, consistem em realizações facilmente executadas por quaisquer pessoas, não necessariamente por nós mesmos, a partir do momento em que as orientações corretas são fornecidas ao executante. Não se tratam de trabalhos intelectuais, estudos, atividades criativas.

Hoje em dia, portanto, a tendência que fortemente se estabelece é a da substituição do “trabalho profundo” pelo “trabalho superficial”, onde as principais ferramentas são… Adivinhe!

Exatamente: as redes sociais, materializadas através de nossos “smartphones”, que permeiam o tempo enquanto realizamos nosso trabalho – superficial. Uma boa parte da energia que poderia ser aplicada num “trabalho profundo” é esvaída em ações que, a longo prazo, não apresentam importantes repercussões.

Para complementar nossas considerações, há evidências cientificamente comprovadas de que quando tendemos a ocupar nosso tempo com o “trabalho superficial”, torna-se cada vez mais difícil reverter o processo, ou seja, diminuímos nossa capacidade de nos concentrar na execução de atividades relacionadas ao “trabalho profundo” (dentre elas, destacamos os estudos).

Há também o perigo desta redução de capacidade se tornar permanente, diluindo a capacidade de concentração no trabalho.

Podem ser encontrados livros que discutem seriamente a influência das redes sociais no âmbito do “trabalho profundo” e do “trabalho superficial”. Um exemplo é “A Geração Superficial”, do jornalista Nicholas Carr, finalista do Prêmio Pulitzer. Nele, Carr explora o efeito da Internet em nossas mentes e nos hábitos de trabalho, discutindo também as distrações associadas às redes sociais, minando as condições para nos envolvermos no “trabalho profundo”, destruindo assim nossa capacidade de concentração e de foco nas atividades em geral.

Resumindo, não podemos permitir que se abra um fosso cada vez mais largo que nos impeça de pular para o lado do “trabalho profundo” sempre que necessitarmos. Utilizar as redes sociais, isto sim, pois vieram para aqui permanecer e de fato estão modificando radicalmente a sociedade, porém é de extrema relevância que venham a ser empregadas com parcimônia, de modo a não nos prejudicar, delas extraindo as boas características e vantagens, evitando vícios e dependências – altamente prejudiciais para nosso trabalho e, também, para os estudos.

O mundo está mudando, nossa forma de estudar precisa ser readaptada de modo a se adequar às novas situações. Todavia, não podemos perder o foco e a capacidade de concentração. Ninguém precisa se desvincilhar de seus “smartphones”  e das redes sociais para isto, contanto que consiga empregar os seus aparelhos em seu proveito, inteligentemente e com consciência. É possível aprimorar o rendimento escolar e/ou acadêmico, obter melhor aproveitamento do tempo de estudo e obter bons resultados nas avaliações.

Nós podemos fornecer o apoio e as orientações necessárias, através de um acompanhamento personalizado. Trata-se de um serviço de mentoria cujo objetivo consiste em “aprender a estudar”.

Conheça a proposta de nosso trabalho, contatando-nos por meio de e-mail, WhatsApp ou telefone. Estamos no aguardo de seu contato, a partir do qual poderemos conversar a respeito de que modo estruturaríamos nosso auxílio e como lhe ajudaríamos neste processo.

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O trabalho duro e o superficial

Você já percebeu, ou ao menos já ouviu falar, que antigamente as pessoas eram mais dedicadas e trabalhavam mais intensamente comparativamente aos dias de hoje? Que atualmente procuramos reduzir os esforços e fazer o mínimo possível, apesar de querermos sempre ganhar mais? Verdade é que isto é uma característica natural do ser humano – receber o máximo às custas de mínimos esforços – no entanto, esta premissa intensificou-se enormemente nas últimas décadas.

Poderíamos alegar que, graças aos modernos recursos tecnológicos, o trabalho braçal se tornou mais fácil e o intelectual mais eficiente, atendendo ao menos parcialmente a busca de mais resultados com menos trabalho. De fato, isto não deixa de ser uma verdade. Todavia, nossa abordagem segue uma linha algo diferente daquilo que acabamos de comentar. Queremos chamar a atenção para a questão do “foco”, para o aspecto da “concentração”, à dedicação a uma atividade e na baixa tendência à distração que eram muito mais comuns em épocas passadas comparativamente ao que ocorre nos dias de hoje.

O motivo desta degeneração, a nosso ver, reside justamente naquilo que veio a facilitar nosso trabalho, tornando-o de algum modo mais suave, em maior ou menor grau: a tecnologia e, basicamente, a tecnologia de consumo voltada às comunicações. Neste contexto incluem-se, historicamente, o rádio e o cinema, a televisão, os computadores pessoais, a Internet e, com ela, a telefonia celular e as redes sociais. Não que estas inovações sejam prejudiciais. Muito pelo contrário. O ponto básico consiste no vício e quase que total dependência, notadamente nos dias atuais, das redes sociais acessadas a partir da telefonia celular, possível desde que ocorreu sua integração com a Internet. Há uma necessidade quase que doentia de permanecermos permanentemente conectados e a par de qualquer fato que aconteça ou que seja registrado por todos aqueles que estejam vinculados à nossa rede de contatos.
Joana manda uma mensagem dizendo que está almoçando num restaurante. Mariazinha posta uma foto para mostrar a todos que está passando o final semana na praia. O José expõe piadinhas políticas e assim sucessivamente. Digamos que, numa estimativa razoável, de tudo o que é colocado nas redes sociais, 1% tenha realmente uma importância significativa. Faz-se necessário, devido ao nosso ímpeto de estarmos sempre a par dos acontecimentos, permanecer horas e horas consultando os smartphones para extrair aquilo que nos é relevante de fato. O resto, na prática, consiste em mera informação descartável.

Com isto, perdemos tempo, deixamos de nos concentrar em uma atividade, trabalhamos dez minutos para, em seguida, passarmos outros dez visitando nossos contatos. Ao retomar o trabalho, há certo tempo demandado até que “engrenemos” novamente. E assim passamos nossos dias, com baixíssimo rendimento.

Conheço pessoas que tomaram uma decisão radical. Eliminaram completamente seus telefones celulares, smartphones, e não pertencem a nenhuma rede social. No máximo, mantém seus endereços de e-mail e os consultam via computador, como um instrumento de trabalho, digamos, a cada três horas. Utilizam extensamente a Internet, porém, dentro do contexto de suas atividades profissionais.

Interessante é que, quando estas mesmas pessoas citam tal situação peculiar aos parentes, amigos e conhecidos, em geral são tratados como verdadeiros E.T.’s, sendo considerados como excêntricos. Aonde já se viu, hoje em dia, não acessar as redes sociais e não dispor de um perfil? De que planeta você veio?

Uma destas pessoas confessou-me que certa vez teve problemas ao preencher uma ficha de cadastro numa loja de departamentos, pois nela era solicitado um número de telefone celular. Não havia a opção do cliente não possuir um número e o campo não poderia ser deixado em branco, pois o cadastro não se completava. Sugeriu à atendente que preenchia seus dados que incluísse o número (011)-000000000 como um número fictício. O “sistema”- o famigerado “sistema” que conhecemos muito bem, e que é sempre o culpado no caso da falha dos equipamentos computacionais dos bancos (é mais fácil culpar a máquina do que seus programadores…) não aceitou o registro do número cheio de zeros. Conclusão: o cadastro não foi completado, a atendente não sabia como proceder, considerando-se tratar de uma situação inusitada, não tinha a quem recorrer e a venda foi cancelada (a pedido do próprio E.T. que cometia o pecado de não ser o compulsório proprietário de uma linha de telefonia celular).

Evidentemente, o caso aqui comentado consiste em uma situação extrema (apesar de real). Não precisamos chegar a este ponto, porém com toda a certeza necessitamos ficar atentos para não dependermos tão fortemente destes modernos recursos em nosso dia-a-dia. Como professor, constato que tenho alunos que são claramente viciados nestas redes, nelas se fixando durante as aulas e sendo hipnotizados de tal forma que a matéria vai sendo ministrada de ponta a ponta e o tempo transcorre sem que o pupilo viajante se aperceba disso.

E, já que estamos falando do ambiente escolar, que tal reinterpretar o título deste artigo? Troquemos o termo “trabalho” por estudo. Chegamos assim à dualidade: o estudo duro e o superficial (não deixam de ser considerados trabalhos…). Procure conversar com parentes e amigos de mais idade que tenham completado o ensino superior. Se possível, folheie os antigos materiais de estudo (livros, apostilas) por eles utilizados e coloque-os diante de outros, mais atuais.

Faça uma análise crítica, não levando em consideração o conteúdo sob o ponto de vista das atualizações tecnológicas, dos avanços científicos e também deixando de lado a qualidade do material impresso (em se tratando da tipografia). Compare este material com os livros e apostilas mais recentes.

O que nos salta aos olhos é a profundidade com que a matéria é explorada. Atente para a superficialidade no que se refere às informações, daquilo que é tratado hoje em dia com o que era estudado há décadas.

O fato é que, à medida que correm os anos, tópicos e mais tópicos estão sendo simplificados ou mesmo cortados dos currículos, sob as mais diferentes alegações (melhor uma visão geral rápida que outra, limitada e aprofundada, desprezo a tudo aquilo que não seria relevante, ênfase a temas mais atuais, com a desconsideração de outros – clássicos –  dentre muitas outras).

Em algumas situações, até que poderíamos considerar as justificativas como aceitáveis, porém, em média, estamos decaindo. E isto é fato. Saímos de épocas em que se estudava arduamente, dos alunos eram exigidas elevadas notas com a aplicação de provas complexas, para uma atualidade em que o estudo se torna superficial, leve e “light” comparativamente ao passado, bem como as avaliações. A Escola, a Faculdade ou a Universidade eram consideradas como o centro de atenção do indivíduo durante sua vida estudantil ou acadêmica. Hoje em dia, é mais uma dentre tantas outras atividades a serem realizadas.

Claro que o mundo mudou e há o lado positivo nesta diversificação de atenções, porém estamos alertando, como foi dito, para as questões de “foco” e “concentração”, além da falta de dedicação e às distrações tentadoras. Com efeito, é constatável a baixa concentração do alunado durante as aulas bem como as distrações freqüentes (os smartphones vilões…). Some-se a isto o reduzido rendimento nos estudos, bem como uma tendência geral da classe que permeia a todos e a todas no sentido de naturalmente considerar as aulas como difíceis, procurando forçar os professores a “baixar o nível” e o círculo vicioso está montado!

O aluno e a aluna que conseguem perceber esta situação, fugindo deste redemoinho que procura minimizar os esforços, satisfazendo-se com o “trabalho superficial”, podem escapar da média e da mediocridade, conseguindo se destacar.

Considerando-se o longo prazo, se ele ou ela vierem a utilizar suas potencialidades eficientemente, aprendendo a se concentrar, a se organizar e a se dedicar aos estudos, indo sempre além daquilo que é superficialmente ministrado nas aulas, só terá a ganhar. Trata-se do “trabalho duro”, porém não no sentido de um trabalho estafante, se for executado com planejamento e eficiência.

Nós podemos lhe ajudar. Não fique na média e não seja puxado para a mediocridade. Destaque-se relativamente aos seus colegas. Seja um “ponto fora da curva”, no bom sentido! Conheça nossos serviços de mentoria em se tratando de ajuda-lo a “aprender a estudar”.

Por meio de técnicas especialmente desenvolvidas, poderemos lhe oferecer orientações e acompanhamento especialmente desenvolvidos para atender às suas necessidades.

A nossa metodologia é preparada de modo que você possa aprender e a estudar com eficácia, fazendo seu tempo render e ter bons resultados. Por meio de bate-papos iniciais, poderemos traçar um perfil de suas características e necessidades, desenvolvendo uma programação exclusiva para você.

Conheça-nos e experimente nosso trabalho. Contate-nos através de nosso e-mail, ainda hoje:

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Imagens ilustrativas obtidas de:

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(CC0 Public Domain Licence)

Como conseguimos sedimentar o que foi aprendido?

Um ponto interessante a ser tratado consiste no mecanismo através do qual se torna possível sedimentar aquilo que é estudado. Poderíamos de imediato associar o fenômeno à intensa prática dedicada a esta aprendizagem, abrangendo em princípio a atenção focada num ponto específico que desejamos aprimorar ou dominar, mas não deixando de lado o “feedback”, através do qual são efetuados ajustes e correções, mantendo-se a atenção naquilo que se apresenta como sendo o mais produtivo para a assimilação e fixação daquilo que nos é relevante.

No que se refere à atenção focada, fica evidente que ela inexiste em presença de distrações, o que levaria a uma atenção difusa, com baixo (ou nenhum) rendimento, ou seja, para conseguirmos foco, necessitamos de concentração ininterrupta durante certo tempo.

Em certo momento grupos de neurocientistas procuraram explorar os mecanismos de ordem física que possibilitavam com que certas pessoas pudessem se dedicar intensamente a determinadas tarefas, dentre elas, demonstrar uma elevada concentração nos estudos. Foi constatado que um dos motivos reside na estrutura neuronal do indivíduo, mais especificamente, na constituição da bainha de mielina.

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Foi mostrado que quando há um reforço desta bainha, o que ocorre ao treinarmos intensamente um grupo de neurônios num dado comportamento, a velocidade com que as informações que transitam entre os neurônios é aumentada significativamente, o que implicaria no aperfeiçoamento de habilidades do indivíduo que estejam associadas a este grupo neuronal. Em outros termos, para nos sairmos bem deveríamos portar neurônios altamente “mielinados”.

Note-se que isto ocorre porque, ao evitar distrações e buscarmos a concentração, conseguimos isolar os circuitos neuronais relevantes para a realização da tarefa desejada, neles desenvolvendo a mielinização.

Por outro lado,  quando executamos uma tarefa sob condições de baixa concentração, por exemplo, ao tentar estudar envoltos em distrações, muitos circuitos neuronais passam a operar simultaneamente, impedindo que aquele grupo neuronal de interesse consiga se fortalecer.

Uma análise mais aprofundada do fenômeno de mielinização nos conduz  aos oligodendrócitos. Tratam-se de células destinadas à formação de mielina a partir de lipídios e proteínas. Também são responsáveis pela manutenção das bainhas de mielina nos axônios dos neurônios.

Neuron with oligodendrocyte and myelin sheath.svg

A velocidade de propagação dos estímulos nervosos na membrana de um neurônio está em torno de 10 a 100 centímetros por segundo, que é extremamente lenta. A propagação rápida dos impulsos nervosos, no entanto, é garantida justamente pela presença da bainha de mielina que recobre as fibras nervosas. Nas fibras nervosas mielinizadas, o impulso nervoso, ao invés de se propagar continuamente pela membrana do neurônio, transita de modo alternativo, podendo atingir velocidades bem maiores, da ordem de 20.000 centímetros por segundo.

Quando um grupo de neurônios associados a uma dada função consegue operar a velocidades muito elevadas, em se tratando do trânsito dos impulsos nervosos, consolida-se a habilidade adquirida, no caso, o objeto daquilo que foi estudado.

O uso repetitivo de um determinado circuito neuronal dispara os oligodendrócitos que, por sua vez, reforçam a bainha de mielina em torno dos axônios, aumentando a velocidade de passagem dos impulsos nervosos.

Resumindo, para que consigamos aprender de fato, devemos focar e nos concentrar intensamente em nossos estudos, sem distrações. Aprender é um ato de “trabalho profundo” (conceito este que será melhor desenvolvido em artigos posteriores). Por outro lado, se você tende a se acomodar, sendo mais um dentre os muitos e muitos que se sentem nada confortáveis com os estudos e com o “trabalho profundo”, facilitando a presença de distrações as mais variadas possíveis, em todo lugar e a qualquer momento, não espere que o conhecimento e as habilidades cheguem facilmente até você.

Reforce a bainha de mielina em seus neurônios. Venha conosco “aprender a estudar”. Destaque-se da média e da mediocridade. Nosso trabalho é voltado ao aprimoramento da capacidade de organização escolar e acadêmica de nossos clientes, bem como à recomendação, aplicação e monitoramento de técnicas de estudo especialmente desenvolvidas de acordo com o perfil do aluno, em função de suas características e necessidades. Consulte-nos e conheça nossa proposta. Envie-nos um e-mail ainda hoje, e lhe responderemos o mais rapidamente possível. Ficamos no aguardo de seu contato!

aprendendoaestudar@aol.com

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(11) 99317-5812

Até breve!

Prof. Arnaldo.

(As imagens e a animação incluídas neste artigo foram obtidas de Wikipedia, the free encyclopedia – https://en.wikipedia.org/wiki/Myelin – licenciado através de  Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported license – https://en.wikipedia.org/wiki/en:Creative_Commons e  https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.en )

Estilos de aprendizagem e estratégias a serem adotadas em cada caso (parte IV – final)

Com este artigo encerraremos esta série dedicada à análise de alguns estilos de aprendizagem, com a apresentação dos estilos “seqüencial” e “global”.

Como nossos leitores já devem ter constatado, não há um estilo que possa ser considerado melhor ou pior. Todos possuem facetas boas e ruins, nenhum dos estilos pode ser pensado como ideal.

Vejamos então como se caracterizam os dois estilos que serão destacados neste texto. Começemos pelo estilo “seqüencial”. Os alunos que se enquadram como “seqüenciais” procuram assimilar os conhecimentos adquiridos em aula em passos graduais e lineares, sendo que cada passo segue a lógica do anterior. Por outro lado, os indivíduos que fazem parte do grupo dos “globais” apreciam a aprendizagem a passos largos, ou seja, absorvendo o material estudado de modo quase que aleatório, sem dar, de imediato, atenção às conexões entre os tópicos.

E eis que, de um momento para outro, para os indivíduos “globais” tudo o que foi abordado passa a fazer sentido, com as ligações entre os tópicos se estabelecendo simultaneamente. Digamos assim que “dá-se um click“, em um jargão mais inforrmal.

Seguindo a mesma linha de raciocínio, poderíamos também dizer que os alunos “seqüenciais” tendem a resolver seus problemas, suas avaliações, suas provas, seguindo passos lógicos e curtos, enquanto que os “globais” se mostram capazes de resolver rapidamente problemas complexos ou redispor seu conhecimento a respeito de um dado assunto em uma montagem completamente diferente, inédita, tendo em conta que dominam a visão global do tema. Todavia, muitas vezes não conseguem explicar como chegaram a este resultado… Atuam quase que intuitivamente.

Cabe neste ponto uma ressalva importante. Muitos de nossos leitores, ao tomarem conhecimento das características dos indivíduos “globais” poderiam de imediato se identificar fortemente com este perfil. Qual seria o motivo? Com efeito, todos nós já passamos por experiências tais como, ao pensar na solução de um problema complicado, ficarmos profundamente confusos ou perplexos. E eis que, repentinamente, sem que pudessemos esperar por isso, nos “surge uma luz” e as cortinas se abrem, ou seja, achamos a resposta para aquilo que tanto nos perturbava.

A questão é que, na verdade, o que define um indivíduo como portador de características “globais” (ou não) é o que acontece antes de “surgir a luz”, e não o ato da luz aparecer para nós. Ou seja, trata-se de como o cérebro processa as informações segundo um esquema de raciocínio global de modo a chegarmos na conclusão buscada.

Melhor explicando, vejamos o caso dos alunos que apresentam o estilo “seqüencial” de aprendizagem. Eles podem não compreender completamente o conteúdo que foi ministrado em aula. Todavia, eles são capazes de empregar com eficiência muito daquilo que foi tratado (tal como solucionar os problemas passados como tarefa para casa ou serem aprovados em uma avaliação) considerando-se que as partes da matéria por eles absorvida puderam ser logicamente conectadas.Já no caso do perfil “global”, aqueles que realmente se destacam neste estilo, em detrimento do lado “seqüencial” que lhes falta, ou seja, não dispondo conseqüentemente das habilidades de raciocínio seqüencial, sentem-se perdidos ao serem apresentados à matéria exposta pelo professor até o momento em que conseguem enxergar o quadro como um todo, num lampejo. Mesmo assim, depois de terem se apossado da percepção geral do tema tratado, podem continuar confusos a respeito de detalhes da matéria.

Comparativamente, os alunos “seqüenciais” dominam aspectos particulares do que foi ministrado (detalhes), mas podem se perder quando necessitam compreender diferentes prismas, outros enfoques referentes ao assunto como um todo (isto é, enxergar o “global” sob diversos ângulos) ou até mesmo relacionar a matéria tratada com outras.

Como poderíamos melhor aproveitar nosso estilo “seqüencial” quando a aula não segue esta abordagem?

Não faltam professores que ministram suas aulas num processo seqüencial. Se no entanto você, enquanto aluno, for portador do estilo “seqüencial” e estiver diante de um professor que “salta” de tópico a tópico, ou “pula” passos e demonstrações que poderiam ser-lhes relevantes, poderá sentir dificuldades em acompanha-lo, bem como de assimilar a matéria ministrada. Neste caso, peça ajuda ao professor para que preencha as etapas saltadas ou, em caso de impossibilidade, faça-o por você mesmo, consultando as referências apropriadas. Quando estiver estudando, dedique uma parte do tempo em delinear o material numa ordenação lógica. Você verá que este procedimento lhe será de grande utilidade mais adiante, quando estiver “trabalhando na matéria ministrada” com mais detalhamento.

Apesar de seu perfil prioritário ser o “seqüencial”, faça um esforço de modo a melhorar suas características de raciocínio “global” procurando relacionar os novos tópicos que estiver estudando com aqueles que você já conhece. Quanto mais você assim proceder, mais aprofundada será a sua compreensão sobre o tema, além de conseguir aproveitar o que ambos os mundos: o “seqüencial” e o “global” podem lhe oferecer.

E quanto aos alunos com perfil “global”? Como poderiam explorar ao máximo suas características?

Imagine-se como sendo um aluno predominantemente “global” assistindo a uma aula com perfil “seqüencial”. Como você poderia lidar com esta situação? O ideal seria que você tivesse uma visão global a respeito da matéria tratada antes de considerar os detalhes. Caso seu professor passe a expor de imediato novos tópicos sem se preocupar em explicar ao alunado como eles se relacionam com aquilo que você já conhece, isto poderia se tornar um problema para o aluno “global”.

No entanto, há alguns passos que podem ser tomados de modo que você venha a dominar a desejada visão “global” a respeito do tema através de atalhos seguros. Por exemplo: que tal, antes de começar a estudar as primeiras secções de um dado capítulo em seu livro-texto, dar uma “passada de olhos” ao longo de todo o capítulo de modo a buscar uma idéia geral no que tange ao seu conteúdo? Isto pode consumir certo tempo, porém trata-se de um excelente investimento pois fará com que se livre posteriormente de “ficar indo e vindo”, percorrendo partes anteriores e posteriores da matéria em busca de significados.

Para você, que possui o perfil “global” de aprendizagem, seria muito mais produtivo efetuar imersões na matéria como um todo, e não despender esforços nas partes individualizadas. Procure relacionar a matéria com fatos que você já domina, seja procurando auxílio com seu professor para ajuda-lo a montar as conexões ou mesmo através de seu material de estudo.

E acredite na sua capacidade! Isto é muito importante!

Quando conseguir compreender a matéria, e também traçar as conexões com outros tópicos ou mesmo com outras disciplinas, poderá ser capaz de aplicar o conteúdo de forma tal que a maioria dos indivíduos com viés “seqüencial” nunca poderia imaginar!

Ativo ou reflexivo? Perceptivo ou intuitivo? Visual ou verbal? Seqüencial ou global? Com base nos quatro últimos artigos, é possível que você tenha conseguido montar seu perfil em se tratando de estilos de aprendizagem. Seria você um aluno reflexivo, perceptivo, verbal e seqüencial? Ou, talvez, reflexivo, intuitivo, verbal e global? Observe que cada um de nós possui, predominantemente, quatro características básicas, tomadas dentre as duas opções de cada um dos quatro grupos comentados. Mas não é isto que é relevante. O importante, independentemente de quais forem as suas características, é corrigir e ajustar seus problemas em se tratando das técnicas de estudo por você adotadas.

Nós poderemos lhe fornecer o apoio necessário. Dispomos de um serviço de mentoria cujo objetivo é o de orientá-lo no sentido de “aprender a estudar”. Solicite mais informações ainda hoje, através de nosso e-mail:

aprendendoaestudar@aol.com

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Entraremos em contato e analisaremos seu perfil, suas peculiaridades e, com base em suas características, elaboraremos uma programação especialmente dirigida às suas necessidades.

A mentoria é o meio ideal para, através de bate-papos informais, dar as condições necessárias para reposicionar o aluno e tornar suas sessões de estudo mais eficientes, mais aproveitáveis e com maior retorno nas avaliações. Venha “aprender a estudar” conosco. Estamos te aguardando! Até breve!

Estilos de aprendizagem e estratégias a serem adotadas em cada caso (parte III)

Continuando com o tema “Estilos de Aprendizagem”, e tendo apresentado as características dos alunos “ativos” versus “reflexivos”, bem como os “perceptivos” comparados com os “intuitivos”, analisaremos neste artigo como se comportam os indivíduos que tendem ao estilo “visual” diante daqueles que apresentam a característica “verbal”.

Iniciemos nossas considerações através da caracterização destas duas vertentes. Como a própria denominação sugere, os alunos “visuais” se recordam mais facilidade daquilo que veem e observam, tais como imagens, diagramas, fluxogramas, filmes, demonstrações e apresentações com expressivo apelo visual, dentre outras facilidades que atingem fortemente o sentido da visão.Já os indivíduos que incorporam o estilo “verbal” de aprendizagem preferem se fixar em palavras: explanações escritas e faladas, textos e discursos – sejam eles registrados em lousa, em projeções ou em apresentações orais.

Embora, via de regra, todos nós possamos apresentar particularidades predominantemente de natureza “visual” ou “verbal”, dificilmente tenderíamos a alcançar os 100% de preferência em um ou outro estilo. Um aluno fortemente visual também apresenta, em menor grau, características verbais e vice-versa. Daí a importância de, sempre que possível, as aulas serem apresentadas através de recursos visuais e verbais, simultaneamente.

Como reforçar o estilo visual em ambientes de estudo com características verbais:

Você se considera um aluno predominantemente visual? Caso esteja participando de uma seqüência de aulas com abordagem tipicamente verbal, procure buscar apoio em materiais condizentes com os tópicos abordados e que consistam em diagramas, esboços, fotos, fluxogramas – ou seja – quaisquer itens que se ajustem à “sua linguagem preferida”. Peça auxílio ao seu professor neste sentido. Consulte seus livros-texto, vídeos que tratem dos temas expostos e crie mapas conceituais que incluam os pontos chave dos conteúdos de suas aulas. Ilustre suas anotações, destaque os tópicos que julgar mais relevantes com caneta marca-textos. Em suma: ressalte, busque, crie e valorize os aspectos visuais de seu material de estudo.

Deseja valorizar seu estilo verbal?

Suas aulas são essencialmente visuais e você sente a necessidade de se fixar em materiais voltados ao estilo verbal de aprendizagem? A solução é, simplesmente… escrever!

Escreva tudo o que você puder captar de suas aulas. Sejam resumos, textos mais extensos e profundos – o que interessa é escrever e (o mais importante) com suas próprias palavras!

Uma opção conveniente seria participar de um pequeno grupo de estudos (cerca de três pessoas, não mais do que isto…) aonde os alunos discutem entre si o conteúdo da aula. Sempre haverá condições de tirar proveito mútuo destas situações quando o grupo interage com interesse. É possível constatar que a assimilação do conteúdo é ainda maior quando você mesmo procura expor a matéria ao grupo!

Por meio desta série de artigos você já deve ter percebido a importância de caracterizarmos os estilos de aprendizagem de um aluno e que estes diferem muito entre si. É importante registrar que comentamos apenas alguns dos aspectos vinculados a certas variantes que podem ser identificadas. Em nosso próximo artigo, encerraremos esta série com a apresentação dos estilos de aprendizagem “seqüencial” e “global”.

É justamente devido a esta individualidade do estudante que, em muitos casos, se torna necessário para ele dispor de uma assessoria especializada, o acompanhamento de um mentor que lhe possibilite superar as dificuldades naturais que surgem ao longo de sua vida escolar e mesmo acadêmica. Nosso trabalho consiste exatamente em suprir esta necessidade. Através de uma troca de idéias inicial com o aluno, nós, enquanto mentores, traçamos o seu perfil e, em função de suas características, estabelecemos uma metodologia e um acompanhamento de suas atividades, fazendo com que ele “aprenda a estudar”. A essência de nosso trabalho pode ser assim resumida: o aluno aprende de fato a estudar, a adquirir bons hábitos neste contexto, a assimilar técnicas de aprendizagem especialmente direcionadas de acordo com a sua personalidade.

Conheça nossa proposta de trabalho. Envie-nos um e-mail com seus dados e conversaremos a respeito (por exemplo, via Skype):

aprendendoaestudar@aol.com

Caso prefira, contate-nos através de nosso telefone:

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Responderemos-lhe, agendando data e horário o mais rapidamente possível. Estamos te aguardando! Até logo mais!