Como conseguimos sedimentar o que foi aprendido?

Um ponto interessante a ser tratado consiste no mecanismo através do qual se torna possível sedimentar aquilo que é estudado. Poderíamos de imediato associar o fenômeno à intensa prática dedicada a esta aprendizagem, abrangendo em princípio a atenção focada num ponto específico que desejamos aprimorar ou dominar, mas não deixando de lado o “feedback”, através do qual são efetuados ajustes e correções, mantendo-se a atenção naquilo que se apresenta como sendo o mais produtivo para a assimilação e fixação daquilo que nos é relevante.

No que se refere à atenção focada, fica evidente que ela inexiste em presença de distrações, o que levaria a uma atenção difusa, com baixo (ou nenhum) rendimento, ou seja, para conseguirmos foco, necessitamos de concentração ininterrupta durante certo tempo.

Em certo momento grupos de neurocientistas procuraram explorar os mecanismos de ordem física que possibilitavam com que certas pessoas pudessem se dedicar intensamente a determinadas tarefas, dentre elas, demonstrar uma elevada concentração nos estudos. Foi constatado que um dos motivos reside na estrutura neuronal do indivíduo, mais especificamente, na constituição da bainha de mielina.

Neuron.svg

Foi mostrado que quando há um reforço desta bainha, o que ocorre ao treinarmos intensamente um grupo de neurônios num dado comportamento, a velocidade com que as informações que transitam entre os neurônios é aumentada significativamente, o que implicaria no aperfeiçoamento de habilidades do indivíduo que estejam associadas a este grupo neuronal. Em outros termos, para nos sairmos bem deveríamos portar neurônios altamente “mielinados”.

Note-se que isto ocorre porque, ao evitar distrações e buscarmos a concentração, conseguimos isolar os circuitos neuronais relevantes para a realização da tarefa desejada, neles desenvolvendo a mielinização.

Por outro lado,  quando executamos uma tarefa sob condições de baixa concentração, por exemplo, ao tentar estudar envoltos em distrações, muitos circuitos neuronais passam a operar simultaneamente, impedindo que aquele grupo neuronal de interesse consiga se fortalecer.

Uma análise mais aprofundada do fenômeno de mielinização nos conduz  aos oligodendrócitos. Tratam-se de células destinadas à formação de mielina a partir de lipídios e proteínas. Também são responsáveis pela manutenção das bainhas de mielina nos axônios dos neurônios.

Neuron with oligodendrocyte and myelin sheath.svg

A velocidade de propagação dos estímulos nervosos na membrana de um neurônio está em torno de 10 a 100 centímetros por segundo, que é extremamente lenta. A propagação rápida dos impulsos nervosos, no entanto, é garantida justamente pela presença da bainha de mielina que recobre as fibras nervosas. Nas fibras nervosas mielinizadas, o impulso nervoso, ao invés de se propagar continuamente pela membrana do neurônio, transita de modo alternativo, podendo atingir velocidades bem maiores, da ordem de 20.000 centímetros por segundo.

Quando um grupo de neurônios associados a uma dada função consegue operar a velocidades muito elevadas, em se tratando do trânsito dos impulsos nervosos, consolida-se a habilidade adquirida, no caso, o objeto daquilo que foi estudado.

O uso repetitivo de um determinado circuito neuronal dispara os oligodendrócitos que, por sua vez, reforçam a bainha de mielina em torno dos axônios, aumentando a velocidade de passagem dos impulsos nervosos.

Resumindo, para que consigamos aprender de fato, devemos focar e nos concentrar intensamente em nossos estudos, sem distrações. Aprender é um ato de “trabalho profundo” (conceito este que será melhor desenvolvido em artigos posteriores). Por outro lado, se você tende a se acomodar, sendo mais um dentre os muitos e muitos que se sentem nada confortáveis com os estudos e com o “trabalho profundo”, facilitando a presença de distrações as mais variadas possíveis, em todo lugar e a qualquer momento, não espere que o conhecimento e as habilidades cheguem facilmente até você.

Reforce a bainha de mielina em seus neurônios. Venha conosco “aprender a estudar”. Destaque-se da média e da mediocridade. Nosso trabalho é voltado ao aprimoramento da capacidade de organização escolar e acadêmica de nossos clientes, bem como à recomendação, aplicação e monitoramento de técnicas de estudo especialmente desenvolvidas de acordo com o perfil do aluno, em função de suas características e necessidades. Consulte-nos e conheça nossa proposta. Envie-nos um e-mail ainda hoje, e lhe responderemos o mais rapidamente possível. Ficamos no aguardo de seu contato!

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Até breve!

Prof. Arnaldo.

(As imagens e a animação incluídas neste artigo foram obtidas de Wikipedia, the free encyclopedia – https://en.wikipedia.org/wiki/Myelin – licenciado através de  Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported license – https://en.wikipedia.org/wiki/en:Creative_Commons e  https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.en )

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