Em nosso artigo anterior (dezembro de 2020) iniciamos nossa apresentação através de uma citação atribuída ao filósofo Baruch Spinoza. Neste mês estamos nos propondo a divulgar um trecho de seu trabalho denominado de Tractatus de Intellectus Emendatione – em Português, “Tratado da Correção do Intelecto”.
Apesar de ter sido publicado (postumamente) em 1677, é interessante notar como seus comentários permanecem atuais e como se encaixam nos temas tratados em muitos de nossos textos.
Com o objetivo de contextualizar os comentários que se seguem, é interessante mencionar que Baruch (de) Spinoza viveu entre 1632 e 1677. Era judeu (sefaradita), tendo nascido nos Países Baixos de uma família que havia fugido da inquisição portuguesa. Foi um dos primeiros pensadores do Iluminismo, ou “Século das Luzes” – um movimento intelectual e filosófico que causou uma revolução nas ideias da época e que teve muita significância em parte dos séculos XVII e XVIII.
Não se preocupe com o escrito extremamente rebuscado do texto. Atente basicamente para alguns conceitos que, de modo bastante semelhante, já foi comentado em ocasiões passadas.
Spinoza afirmava:
“Quanto mais algo é inteligível, mais facilmente se retém, e, ao contrário, quanto menos, mais facilmente o esquecemos.
Por exemplo, se eu transmitir a alguém uma porção de palavras soltas, muito mais dificilmente as reterá do que se apresentar as mesmas palavras em forma de narração, reforçada também sem auxílio do intelecto, a saber, pela força mediante a qual a imaginação ou o sentido a que chamam comum é afetado por alguma coisa singular corpórea.
Digo singular, pois a imaginação só é afetada por coisas singulares. Com efeito, se alguém ler, por exemplo, só uma novela de amor, retê-la-á muito bem enquanto não ler muitas outras desse gênero, imaginam-se todas juntas e facilmente são confundidas.
Digo também corpórea, pois a imaginação só é afetada por corpos. Como, portanto, a memória é fortalecida pelo intelecto e também sem ele, conclui-se que é algo diverso do intelecto e que não há nenhuma memória nem esquecimento a respeito do intelecto visto em si. O que será, pois, a memória? Nada mais do que a sensação das impressões do cérebro junto com o pensamento de uma determinada duração da sensação, o que também a reminiscência mostra.
Realmente, nesta a alma nessa sensação, mas não sob uma contínua duração, e assim a ideia desta sensação não é a própria duração da sensação, quer dizer, a própria memória. Se, porém, as próprias ideias sofrem alguma corrupção, veremos na filosofia. E se isto parece a alguém muito absurdo, bastará para o nosso propósito que pense ser tanto mais facilmente retida uma coisa quanto mais for singular, como se vê do exemplo da novela que acabamos de dar.
Além disso, quanto mais uma coisa é inteligível, mais facilmente é retida. Logo, não podemos deixar de reter uma coisa sumamente singular e somente inteligível.”
Interessante não é mesmo? Vamos pois retornar à nossa época onde já é possível, na prática, aplicar técnicas de aprendizagem que foram desenvolvidas tanto teórica como experimentalmente e que nos possibilitam aprender a estudar com eficiência e com alto rendimento. Nosso trabalho se baseia em aplicar procedimentos testados e aprovados em estudantes que sentem dificuldades em assistir às aulas no que tange à retenção da matéria apresentada, na concentração, em realizar as tarefas extraclasse, no estudo em casa e na obtenção de boas notas nas avaliações.
Desenvolvemos técnicas especialmente dimensionadas e adaptadas para atender às necessidades específicas de cada aluno ou aluna. Através de uma reunião inicial e informal, via “Skype” ou “Zoom”, procuramos conhecer as especificidades de cada estudante, suas dificuldades e necessidades de modo a propor um conjunto de procedimentos que os auxiliarão no ajuste de seus procedimentos, objetivando desde assistir às aulas com maior aproveitamento até a obtenção de maiores notas nas avaliações, passando pelo estudo com maior eficiência, maior rendimento na realização das tarefas propostas e na melhoria do interesse em aprender.
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