A curva de esquecimento (parte II)

Neste artigo desenvolveremos as considerações a respeito do tema “curva de esquecimento”, onde, além de tecer mais comentários sobre o assunto em pauta, apresentaremos alguns procedimentos voltados à atenuação de sua queda ao longo do tempo.

Além de estabelecer o conceito da curva de esquecimento, Ebbinghaus também teorizou que a taxa com que tendemos a esquecer as informações depende de um conjunto de fatores tais como o grau de dificuldade com que o material é aprendido (em outros termos, o quão significativo ele é para o estudante) e como ele é exposto ao aluno (por exemplo, as técnicas de ensino por parte do professor e o material estudado pelo próprio aluno através de livros), além de outros aspectos de natureza fisiológica, tais como o estresse e o sono.

Ebbinghaus observou, adicionalmente, que há uma taxa de esquecimento básica, denominada de “taxa de esquecimento basal”, que varia muito pouco entre a população, sendo que as diferenças de desempenho são justificadas pelas habilidades de cada pessoa no sentido de aprender mediante representações mnemônicas (isto é, técnicas que facilitam a retenção de informações por meio de guias de apoio).

Ainda no âmbito das técnicas mnemônicas, Ebbinghaus sugeriu que um treinamento básico nesta área auxiliaria na redução da queda da curva de esquecimento, tornando-a significativamente mais plana. Além disso, apresentou mais uma recomendação efetiva no sentido de melhorar a “força da memória” (ou a capacidade de retenção de informações): a repetição baseada em lembranças ativas (por exemplo, através de repetições espaçadas daquilo que deve ser memorizado).

A ideia – diga-se de passagem, com grande fundamento – de Ebbinghaus foi a de que cada revisão no processo de aprendizagem amplia o intervalo ótimo antes de que a próxima revisão seja necessária. Como exemplo aplicativo deste conceito, para uma retenção “quase-perfeita”, as revisões iniciais poderiam ser feitas diariamente. Posteriormente, o espaçamento se ampliaria para uma vez a cada três dias. Em seguida, uma vez por semana. Numa próxima etapa, quinzenalmente e depois, mensalmente, semestralmente e anualmente.

Estudos mais avançados, posteriores a Ebbinghaus, estabeleceram outras recomendações adicionais. Na prática, o dispêndio de uma parte do tempo, diariamente, com o objetivo de reforçar informações aprendidas recentemente, como preparação para uma prova ou para um exame, faz maravilhas em se tratando da maior planicidade da curva de esquecimento, reduzindo portanto sua queda acentuada.

Rever o material dentro de 24 horas após o primeiro contato com o seu conteúdo é uma excelente recomendação. Trata-se do intervalo de tempo ótimo para uma releitura de anotações efetuadas durante uma aula, reduzindo a quantidade de informações “esquecidas”, uma vez que elas estariam sendo recuperadas a tempo.

É curioso observar também que algumas informações memorizadas aparentemente não seguem as leis da curva de esquecimento, permanecendo sempre ativas. Há suspeitas de que fatores externos podem influenciar a “profundidade” com que gravamos as informações. Por exemplo, no caso de eventos e fatos que se mostram altamente significativos para o indivíduo: quem já era adulto quando ocorreu o assassinato de John Kennedy, em 22 de novembro de 1963 ou quando do atentado que atingiu as torres gêmeas em Nova York, em 11 de setembro de 2001, provavelmente se recorda do que estava fazendo na ocasião, quando soube das notícias dos eventos. Muitos adultos que vivenciaram a descida do homem na Lua, em 20 de julho de 1969 se lembram perfeitamente dos fatos ocorridos no dia, não apenas da alunissagem em si, como também de aonde eles ou elas se encontravam e o que faziam no momento. A memória permanece vívida para estes acontecimentos. Estas situações marcantes, intervalos de tempo quase que instantâneos (ou de fato instantâneos…), permanecem impregnados na memória.

Aproveitando a deixa em se tratando do tema “retenção de informações”, consideramos importante comentar que nossas atividades abrangem fornecer ao estudante que se sente desmotivado, com dificuldades e sem orientações no que se refere às suas tarefas escolares, a encontrar seu caminho através de um acompanhamento personalizado, no qual detetamos a real situação do aluno, auxiliando-o a se organizar, a incorporar uma metodologia de estudo, a adquirir bons hábitos e evitar procrastinações, a melhorar seu rendimento e, de fato, aprender a estudar.

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