A curva de esquecimento (parte I)

Neste artigo iniciaremos a apresentação de um tópico muito importante e extremamente curioso – além de útil – para os estudantes em geral: como esquecemos ao longo do tempo aquilo que acabamos de aprender, a menos que tomemos as devidas providências para evitar este esquecimento!

A curva de esquecimento consiste em uma teoria com comprovação prática, que descreve o declínio da retenção de fatos na memória ao longo do tempo. A ideia consiste em caracterizar matematicamente como as informações memorizadas são perdidas à medida que o tempo passa, supondo que não hajam tentativas de mantê-las.

Um conceito muito importante, relacionado a este fenômeno, consiste na capacidade de retenção da memória (ou “força da memória“), que é definida como o tempo durante o qual o cérebro consegue guardar uma dada informação. Deste modo, quanto maior for esta capacidade, maior será o intervalo de tempo ao longo do qual uma pessoa é capaz de recordar a informação captada.

A representação gráfica deste fenômeno sugere que nós tendemos a perder pela metade as informações retidas na memória (em se tratando de conhecimentos recém-adquiridos) ao cabo de alguns dias ou semanas – a menos que, conscientemente, tenhamos revisto o material aprendido.

A curva de esquecimento procura, então, analisar a transiência, fenômeno que consiste no grau de esquecimento que acontece com o decorrer do tempo.

Historicamente, o conceito de curva de esquecimento surgiu em 1885, quando Hermann Ebbinghaus formulou a ideia da natureza de queda exponencial do conhecimento recém-adquirido. A fórmula básica é aquela representada a seguir:

R = exp(-t/s)

em que “R” consiste na retenção de informações na memória, “s” na capacidade de retenção (força da memória) e “t” é a variável tempo (tempo decorrido desde a captação da informação).

É interessante observar que os primeiros estudos práticos com o objetivo de validar a hipótese da curva de esquecimento foram conduzidos por Hermann Ebbinghaus nele mesmo, como sujeito dos experimentos, tendo obtido resultados que, apesar de limitados e incompletos, foram publicados sob o título “Memória: uma contribuição para a psicologia experimental”.

Basicamente Ebbinghaus estudou o processo de memorização de sílabas sem sentido (“PLA”, “LEP”, “SUC” – por exemplo), tentando se recordar de inúmeras listas (recém assimiladas) contendo estes grupos de letras após vários períodos de tempo e registrando a taxa de acertos. Gráficos foram traçados com base nestes testes, resultando naquilo que hoje conhecemos como sendo a “curva de esquecimento”.

Em decorrência destes estudos, Ebbinghaus pôde analisar os efeitos do “estudar em excesso” (denominando-o de “sobre-estudo”), ou seja constatou que, ao praticar ou exercitar algo (por exemplo, a lista de sílabas anteriormente comentada) além daquilo que seria tido como necessário e suficiente para a memorização das informações, atinge-se o estado acima caracterizado.

E quais seriam as conseqüências do “sobre-estudo”, ou seja, o ato de estudar mais que o necessário e suficiente para reter um conjunto de dados? Com efeito, o “sobre-estudo” atenua significativamente o decréscimo da curva de esquecimento, tornando-a quase uma reta horizontal, sem queda – ou apresentando uma queda muito suave. As informações assimiladas tornam-se mais protegidas contra o esquecimento.

Curvas de esquecimento: diferentes comportamentos – sem quaisquer reestudos, com a realização de reestudos e na condição de sobre-estudo

 

Todo estudante, direta ou indiretamente, deve conhecer e utilizar em seu benefício as características das curvas de esquecimento.

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